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Madureira: do samba ao charme #ManualdoRolé

Marcelo Ferrão Fotografia - aniversario do Viaduto
Marcelo Ferrão Fotografia - aniversario do Viaduto

O bairro de Madureira é historicamente conhecido pela forte cultura musical, principalmente com as escolas de samba Império Serrano e Portela e com o sambista Arlindo Cruz, que o eternizou ao som de “Meu lugar”.

Mas na Rua Carvalho de Souza S/N, onde fica o Viaduto Negrão de Lima, o ritmo que agita é outro: O charme!

Carinhosamente chamado de Viaduto de Madureira, o lugar teve o primeiro baile charme – Baile Charme na Rua – em maio de 1990, criado por camelôs do bairro e que acumula 28 anos de tradição aos sábados à noite. Conhecido pela valorização de outros ritmos da cultura Black como o Hip-Hop, New Jack Swing e R&B, o evento foi declarado, em 2013, como “Bem Cultural de Natureza Imaterial” no Diário Oficial da cidade do Rio de Janeiro pelo então prefeito Eduardo Paes.

Em um lugar de tanta tradição não poderia faltar grandes nomes artísticos nacionais e internacionais que já fizeram a festa naquele palco como Racionais Mc’s, Negra Li, Chingy, Montell Jordan, Darrius, Rah Digga, Quelynah, Nina Black, Sampa Crew, Dughettu, Sandra de Sá, Keith Sweat e Rappin Hood.

Tiago Sant'Anna fotografia
Tiago Sant’Anna fotografia

Além do Baile Charme que acontece todo sábado às 22h, o Viaduto recebe ainda outros eventos fixos como o Reggae na Kombi, que acontece toda quinta e sexta-feira e eventos que acontecem às vezes, como o Pretos que Prestam (PQP) e Baile do Bené. Todos esses eventos geralmente acontecem de graça ou com preços bem acessíveis: R$10 ou R$20.

Engana-se quem acha que o espaço se limita a eventos de noitada. Existe o Prêmio Halley – criado para premiar os charmeiros de destaque – e o projeto RioCharme Social – uma oficina de dança aberta a todos.

Se você ainda não conhece o Viaduto de Madureira, não perca a oportunidade! Afinal, o povo carioca tem um charme sem igual!

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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