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O Pequeno Príncipe Preto, Samba na Feira e CriptoFunk: cultura negra para todos os gostos

A semana do dia 20 de novembro marca o ponto alto do que ficou conhecido como o ‘mês da consciência negra’. Principalmente aqui no Rio de Janeiro, um dos estados brasileiros que mais recebeu escravos africanos durante os mais de 300 anos de escravidão no país, o feriado criado em homenagem à Zumbi dos Palmares tem um valor especial.

Séculos após a morte do grande líder, que marcou a luta pela abolição da escravidão, a cultura afro brasileira se desenvolveu bastante, alcançando – e ressignificando – até mesmo espaços historicamente brancos, como a tecnologia, a música e, em especial, o teatro.

Esse é o caso da peça O Pequeno Príncipe Preto, adaptação para o teatro [negro] do clássico francês O Pequeno Príncipe (de Antoine de Saint-Exupéry), escrita e dirigida pelo dramaturgo Rodrigo França.

As inquietações do diretor em relação à marginalização da população preta nas artes, somadas a um sonho do protagonista, Júnior Dantas, de interpretar um príncipe negro, foram os ingredientes principais para a criação da peça, que lota teatros por onde passa.

“… as casas lotadas provam que a gente tem público e que esse público vai nos acompanhar” afirmou Rodrigo durante um papo com a coluna do Voz das Comunidades.

A peça será encenada neste domingo (25) às 16 horas, no SESC Madureira (R. Ewbank da Câmara, n° 90). Os ingressos estão custando R$ 10,00 e a meia-entrada R$ 5,00.

O gosto dos africanos trazidos [à força] para o Brasil por instrumentos de percussão, que produzem os famosos “batuques”, originou um dos gêneros musicais que se tornaria um símbolo internacional para a cultura brasileira, o samba. Hoje, fora da ilegalidade e objeto de adoração para muitos, as rodas de samba conquistam públicos cada vez mais numerosos e um grande exemplo disto é o – já tradicional – Samba da Feira.

“Enquanto o samba for capaz de curar almas feridas e revigorar estruturas, não mediremos esforços em persistir e preservá-lo com nossos ideais” disse Marco Veiga, um dos organizadores, ao Manual do Rolé.

O evento – que já recebeu nomes como Dudu Nobre e Jorge Aragão – recebe, neste sábado (24), o cantor Chrigor, a partir das 16:00h, no Armazém do Engenhão (R. José dos Reis, n° 425). A entrada é gratuita, mas é proibida a entrada com bebidas alcoólicas.

Preservar tradições e costumes é essencial, mas, alguns sentem a necessidade de ir além e também pensam em como melhorar o futuro. Por conta disso, surgem iniciativas como o CriptoFunk, um evento sobre segurança e cuidados no ambiente digital, que tem como objetivo difundir os conceitos fundamentais de liberdade e privacidade na internet.

“A ideia é que públicos com diferentes entendimentos sobre o assunto possam se reunir para aprender, ensinar, trocar ideias e se fortalecer” contou Carol Secco, da ONG data_labe, uma das organizadoras do evento.

O CriptoFunk contará com diversas atividades e acontece neste sábado (24), a partir das 14 horas, no Galpão Bela Maré (R. Bittencourt Sampaio, n° 169, Complexo da Maré). A entrada é gratuita mas a participação nas atividades só é garantida a quem se inscrever no link: https://tinyurl.com/criptofunk.

São 130 anos de muita luta e algumas liberdades. Que sigamos lutando!

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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