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AME Pessoas

Ficou combinado que as pessoas seriam cuidadas, e essa foi à declaração do atual Prefeito Marcelo Crivela exatamente dia 30 de outubro às 19h30min em seu primeiro discurso após vencer as eleições de 2016. De lá pra cá vários acontecimentos, porém nem tanta coisa aconteceu de verdade! As pessoas que querem e precisam ser cuidadas continuam – parafraseando Rita Lee – pois estão “nessa canoa furada remando contra a maré, não acreditando em nada (e) só não duvidam da fé”. E por ele ser um homem de fé foi que a grande massa deu seu crédito, o famoso voto de confiança e agora – alguns muitos: choram suas pitangas!

Falar de Janeiro Branco é de fato levantar a bandeira branca em prol da saúde mental das pessoas que apresentam determinadas demandas sim e por que não – isso não é louvável? Em novembro do ano passado, não só funcionários, mas pacientes de diversas Clínicas da Família protestaram denunciando a falta de medicamentos e salários mais do que atrasados. Sem medicamento as pessoas estão morrendo e sem salário, como os profissionais poderão cumprir seu papel em benefício da população? Como toda manifestação, o trânsito fica mais do que caótico frente à aglomeração de pessoas pelas ruas etc. Essas mesmas pessoas estão revoltadas e fadadas à palavra não cumprida por parte daquele que garantiu o cuidado – segue o fluxo!

As Clínicas da Família originaram-se no governo Eduardo Paes e que foi um benefício tamanho para a população em relação à Atenção Primária em nosso município, com o objetivo além de ações preventivas, a promoção da saúde e também diagnóstico precoce de doenças. Dentre os serviços prestados estão: controle do tabagismo, prevenção, tratamento e acompanhamento das DTS e HIV. Eu mesmo já fiz uso de uma clínica e olha só: a-do-rei! Por outro lado, outro equipamento de importância são os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) que lidam diretamente com a saúde mental trabalhando a reinserção social das pessoas que precisam além de um cuidado, atendimento clínico etc. Através de equipe interdisciplinar composta de médicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e afins, o equipamento atende não só a clientela infanto-juvenil até os 17 anos no CAPSi mas para pessoas dependentes de álcool e drogas os atendimentos acontecem no CAPSad.

Porém enquanto equipamentos de utilidade pública em benefício de pessoas estão de penas para o ar, nosso atual Prefeito faz convenio com instituições religiosas para acolhimento de moradores de rua – é assim mesmo que funciona? Essa ação por conta de nossa autoridade máxima tem preocupado profissionais da saúde uma vez que determinados trabalhos não são realizados de cunho clínico, porém, religioso. E como fica de fato a saúde mental dessas pessoas; e o Estado Laico? Quando descobrirem, me contatem, por favor. .

Mas voltando, conversa vai conversa vem, a diretiva é que as pessoas além de não cuidadas estão ligadas full time e está difícil distraí-las quanto mais enganá-las. Se eu tivesse a oportunidade de encontrar o Prefeito, certamente falaria pra ele que: Deus está vendo! Mas me digam uma coisa, se passar um filme do Mazaropi na sessão da tarde alguém ainda se alegra?
#AMEPessoas

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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