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E aí… Vamos brincar? #OPINIÃO

ARTIGO DE OPINIÃO: Uma vez ouvi que brincar é a forma mais plena de fazer ciência, a criança não vive para brincar, ela brinca para viver. É brincando que você descobre, constrói desperta sua criatividade, encontram em pequenos problemas grandes soluções. O momento em que você organiza o mundo de uma forma lúdica, a partir da diversão e do lazer.

Quem não tem saudades da infância? Quando criança queremos nos tornar adultos, quando adultos queremos voltar a ser criança. Nascemos com um mundo todo a nossa volta, tanta coisa para conhecer, explorar, se encantar. Ser criança é achar que pode resolver todos os problemas do mundo brincando. E crescer é ser retirado dessa totalidade, e ser colocado em um pedaço, uma certa fragmentação.

Ao longo do desenvolvimento humano nos deparamos com várias restrições, o que podemos chamar de processo educacional. Você tem horários para chegar aos lugares, tarefas a serem cumpridas, um mundo de regras que devem ser seguidas. E é seguindo determinados princípios, que conseguimos conviver em sociedade, assim, aos poucos temos que nos relacionar com a vida e os fundamentos culturais de modo mais comportamental e menos livre. Uma espécie de jogo de perde e ganha, que faz com que nos tornamos quem somos.

A partir da ludicidade, as relações cognitivas e afetivas proporcionam um amadurecimento emocional, e o aprendizado se torna mais eficaz quando sentimos prazer em aprender. A linguagem principal da criança é a imaginação, o que ela usa para se relacionar com a vida. Brincando que ela desenvolve e estimula sua autoestima, autoconfiança e autonomia diante das coisas. Porém, engana-se quem pensa que brincar é coisa só de criança, é importante entender que a brincadeira não é uma volta a um tempo que já passou, mas uma valorização de uma simbologia essencial para o crescimento do ser humano.

Quem nunca saiu para se distrair e acabou achando uma saída para aquele problema que não via solução? Momentos que muitas vezes podem parecer bobos e insignificantes fazem parte do aprendizado. Difícil entender a forma como aprendemos as coisas, e o brincar não nos remete apenas a imaginação, mas também a experimentação. Adquirimos conhecimento de formas diferentes ao longo da vida, onde são utilizados métodos que se enquadram melhor em cada tempo da existência. Da mesma forma que os cientistas, as crianças brincam testando teorias, pois não possuem um repertório de vida para saber que as coisas são como são, assim, assiste um desenho no qual o cachorro pode voar e conversar com os outros, e aquilo se torno algo real.

É na infância que os índices de imaginação estão mais expostos e propícios a receber informações, em que tudo é novo e as leis ainda não são um fato, mas algo a ser descoberto. Se conseguíssemos entender de uma forma mais objetiva como construímos o saber, seria mais respeitado o instante da brincadeira. Porque brincar é importante em todas as épocas da vida, e brincadeira é coisa séria.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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