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S.O.S.: Procura-se a Humanidade

“A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia… da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano”, dizia Charlie Chaplin em “O Grande Ditador” de 1940. Estamos no século XXI (21) mas várias situações horríveis e sombrias de séculos passados persistem em continuar existindo, onde a sociedade distorce valores importantes como o respeito, empatia, humildade, caráter, tolerância, etc. e algumas pessoas diminuem outras para “crescer” pelo seu medo de ser diminuído também. A grande questão é: Quais são essas situações? Por que persistem? O que falta nas pessoas, nesse mundo carregado de caos, para que se permitam progredir?

A padronização ou generalização de algo que você não conhece muito bem o torna mais ignorante e, de certa forma, impede que você tenha uma nova visão sobre aquilo que está sendo mostrado ou está acontecendo, levando a discriminação. Isso está enraizado dentro da estrutura da nossa sociedade devido a vários fatos históricos e que, infelizmente, persistem em se manter através de um simples ato do nosso dia-a-dia como fazer piadas machistas/homofóbicas, achar errado uma pessoa negr@, nordestin@, LGBTQ+ e/ou índi@ estar ocupando o seu espaço em um lugar (ex: Faculdade/Universidade) que deveria ser para todos, um casal gay/lésbica/trans/bi andando de mãos dadas nas ruas, negr@ de dread, como seu cabelo natural ou rasta e por aí vai.

Ninguém é melhor do que ninguém a ponto de querer fiscalizar a vida alheia e suas lutas, se achando no direito de apontar o que acha “certo” ou “errado” e querer impôr suas “certezas”. Precisamos nos desconstruir, nos desprender da nossa ignorância/arrogância e permitir que sejamos a mudança que queremos ver no planeta porque o que falta nele, falta na gente também. Abra a sua mente e procure saber mais. Lute contra a sua própria hipocrisia e o seu egoísmo. Reconheça seus privilégios, as diferenças e se envolva nas causas sem roubar o protagonismo ou o lugar de fala. Escute. Respeite. Tenha empatia.

Compreender-las e lutar para que tais coisas não continuem existindo é um ato de humanização, onde a verdadeira revolução de ideais e pensamentos (e uma renovação de esperança) começa dentro das pessoas e construir uma sociedade nova (e melhor!) é uma tarefa de todo mundo, seja com um artigo de opinião, um livro, uma poesia ou poema, uma fotografia, um debate, um documentário, um filme, uma série, um projeto social, uma peça de teatro, um vídeo no YouTube, etc. Se tivermos consciência e discernimento para avaliar e mudar o que está errado, talvez a mudança que o mundo precisa venha mais rápido do que se imagina. “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra. Assim se faz um livro, um governo, uma revolução (…)”, já dizia Machado de Assis. Já começou a sua revolução hoje?

Esta coluna é de responsabilidade de seus autores e nenhuma opinião se refere à deste jornal.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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