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Slam Laje – Poesia é arte

Foto: Bento Fabio

Apresentado por Marcelo Magano e Patrick Sonata, o Slam Laje é a primeira batalha de poesia realizada por moradores do Complexo do Alemão. Eu que sempre tive vontade de conhecer o Alemão, por conviver com algumas pessoas de lá, tive o imenso prazer de estar em uma das apresentações do Slam, na Casa Brota. Representatividade, empoderamento, amor a arte são apenas algumas palavras que definem o que esses jovens sonhadores transmitem através da poesia que recitam.

Foto: Bento Fabio
Foto: Bento Fabio

São definidas as datas que ocorrerão as batalhas e, no dia, os apresentadores escolhem algumas pessoas da plateia para serem os jurados e darem notas de zero a dez. Os participantes têm um minuto e meio para se apresentarem, caso ultrapassem o tempo estabelecido, são punidos. Cada integrante, então, defende sua ideia, seu texto nas etapas, até chegar à final e apenas um é o grande vencedor daquela competição.

Segundo o dicionário Aurélio, poesia é a arte de fazer obras em versos. Essa definição vai totalmente ao contrário do pensamento de Platão. Para ele, a tradição poética deveria ser substituída pela filosófia, porque ela sim era produtora de verdade. Já Aristóteles, dizia que o poeta nos faz enxergar e compreender coisas que nunca enxergamos antes.

Além disso, a poesia tem uma semelhança com a realidade, ou seja, verossimilhança. De acordo com o que vi no Slam, concordo plenamente, com o pensamento de Aristóteles. Todas aquelas poesias são carregadas de sentimentos, elas fazem o público refletir sobre a situação do morador de favela, sobre saúde, educação, segurança pública, ou seja, aspectos da nossa realidade. Através dessa arte, pessoas são influenciadas e vidas são salvas.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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