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História do Complexo do Alemão

Comunidade do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 29/11/2010. Foto: Robson Fernandjes/AE

Complexo do Alemão é um conjunto de 17 favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro, que era visada como umas das áreas mais violentas.

Segundo moradores, na década de 1920, o imigrante polonês Leonard Kaczmarkiewicz adquiriu terras na serra da Misericórdia, que era então uma região rural da Zona da Leopoldina. O proprietário era referido pela população local como “o alemão” e logo a área ficou conhecida como Morro do Alemão.

Seu núcleo é o Morro do Alemão, e poucos moradores sabem que se trata de um bairro oficial, embora parte de sua área seja muitas vezes tratada como parte dos bairros vizinhos: Ramos, Penha, Olaria, Inhaúma e Bonsucesso. O bairro foi construído sobre a serra da Misericórdia, uma formação geológica de morros e nascentes, quase toda destruída pela construção do Complexo.

A ocupação, no entanto, só começou em 09 de dezembro de 1951, quando Leonard dividiu o terreno para vendê-lo em lotes. Ainda nos anos 1920 se instalou o Curtume Carioca e, na sequência, muitas famílias de operários também se instalaram nas imediações. A abertura da Avenida Brasil, em 1946 acabou por transformar a região no principal pólo industrial da cidade. O comércio e a indústria cresceram e diversificaram-se, mas a ocupação desordenada dos morros adjacentes, que teve seu boom no primeiro governo de Leonel Brizola, acabou por dar lugar às favelas do Complexo do Alemão.

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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