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O PAC esqueceu da Alvorada (também)

Foto: Richard Luiz
Foto: Richard Luiz

Em 2008, iniciou no Complexo do Alemão o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prometendo inúmeras melhorias ao local, tais como: saneamento básico, abastecimento de água, coleta de lixo, bibliotecas, espaços culturais e etc. Cinco anos após, ainda existe dentro do Complexo lugares não alcançados, obras pela metade e chuvas de promessas. Um desses locais é a Alvorada e a equipe do Voz da Comunidade esteve lá para conferir.

– Aqui quem manda são os ratos. As casas foram pagas, algumas destruíram uma parte. Trabalhavam um dia, não apareciam no outro, até o dia que não voltaram mais. – Conta Lucio Batista dos Santos, 70 anos, morador e comerciante no morro da Alvorada. Completa dizendo que o que o mantém longe dos ratos são suas três cachorras.

Segundo alguns moradores a Alvorada toda se encontra nesse estado e governantes só aparecem na época de eleições, mas nada é mudado. Uma das reclamações mais ouvidas é que foram prometidas estradas e o alargamento das ruas, pois ali existe uma movimentação considerável de caminhões em um espaço pequeno, o que torna a passagem mais complicada.

Quem passa pelo local, percebe que o que há de diferente de 2008 até hoje é somente a inclusão do teleférico. Entulhos, bichos e poeiras é o resultado do que não foi feito na Alvorada. Os locais que deveriam receber as obras estão sendo usados como depósito de lixo e estacionamento. Existem relatos de que está sendo cobrado da presidente Dilma Rousseff a conclusão das obras, porém até hoje nada foi feito.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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