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Responsabilidade Social é missão de todos nós

Numa semana de intensos debates entre chefes de Estado, o tema preservação do planeta, assinar ou não o acordo climático e desenvolvimento sustentável, está diariamente na TV e nos jornais. Todo mundo tomou para si essa discussão e os burburins não param de acontecer.

Num movimento quase que contrário, a sociedade civil, organizações não governamentais e comunitárias levantam como pauta a erradicação da fome, a comunicação livre, a moradia como direito, estruturas ambientais em espaços populares, periferias, favelas, cultura e acessibilidade. Nunca antes o tema sustentabilidade foi tão abrangente e profundo, prometendo frutos no presente e no amanhã.

Falar da extinção de espécies animais, do desmatamento é válido e precisa de soluções hoje. Agora pessoas morrendo de fome, o aumento dos moradores de rua nas grandes capitais, o crack, a censura da comunicação, em tantos países, são temas mais que válidos problemas que precisam de solução para ontem. A responsabilidade social de cada país deveria ser o tema mais urgente.

Essa semana foi á abertura no Rio de Janeiro do 1° Festival Internacional de Circo com o slogan: ‘Paz e Alegria nas Comunidades Pacificadas’. A abertura no Complexo do Alemão começou com um cortejo com palhaços, banda, malabaristas e a criançada. A invasão da alegria começou na Grota e foi até o Campo da Serrinha próximo as casinhas.

Foi lindo ver a comunidade se apropriando do circo, brincando junto com os palhaços. E para brincar não tinha idade, não tinha distinção entre crianças e adultos estavam todos misturados numa grande celebração. E a lona com capacidade para 300 pessoas ficou pequena diante da quantidade de pessoas que vieram para ver o circo, muitos pela primeira vez.

O grande barato de tudo isso não é levar a cultura para o morro, porque lá já tem. O grande barato é trazer o acesso a produtos, serviços e processo culturais, que na maioria das vezes só se estendem a minoria. E falar de acessibilidade é falar de inclusão, e falando de inclusão a gente pode sonhar e ousar contribuir para integração entre o morro e o asfalto, que fazem parte da mesma cidade.

É claro que ainda há muito a se fazer, muitas comunidades á serem contempladas com serviços básicos do estado, que ainda lhe faltam. Mas o primeiro passo foi dado e a luta continua.

O festival de circo, realizado pelo Crescer e Viver junto com a M’BARAKA, também teve uma grande abertura à noite na Quinta da Boa Vista, com a companhia Circolombia, que apresenta Urban. A companhia formada por moradores de favelas da Colômbia deram um show em performance, emoção e conceito. Uma retratação livre da sociedade colombiana, com sua alegria e violência. Entres os parceiros presentes, esteve presente: Luana Piovani, Marcos Frota, secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, coordenadora do curso de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, coletivo Fora do Eixo e Jailson Santos do Observatório de Favelas.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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