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Sorvete de Minas na Grota

Se você é da Favela da Grota, no Complexo do Alemão, provavelmente já experimentou o sorvete Sabor de Minas do José. Se você não é de lá, tem que experimentar. O sabor vem de Minas mesmo, como ele mesmo afirma.

“Vem lá de Belo Horizonte e a gente fabrica aqui”, conta José, que não gosta muito de falar do sucesso do negócio. “É melhor ficar só na divulgação interna mesmo. Aprendi com os mineirinhos a ficar quietinho”, disfarça o comerciante, que não quis ser fotografado e nem revelar quantos sorvetes vende por dia.

Porém, em apenas 30 minutos dentro do estabelecimento contamos a venda de 10 sorvetes, entre bolas e picolés. Pelas nossas contas, isso daria cerca de 500 sorvetes por dia, em pleno outono carioca.

“No verão, dias mais quentes, eu fico aberto das dez da manhã até meia noite”, entrega.

Apesar de discreto, José esbanja simpatia com a clientela. O sorvete Blue Ice, de cor azul e gosto de chiclete Buballoo, vira sabão em pó nas brincadeiras do vendedor.

“Eu falo para as crianças que é sorvete de sabão. Vai lavar por dentro”, diverte-se. O sabor exótico está entre os mais vendidos para a criançada.

Em dias normais, a sorveteria funciona das 10h às 22h. O picolé custa R$ 0,70, uma bola R$ 1, duas bolas R$ 1,50. O sundae com duas bolas R$2,50 e com três R$ 3.

A parada obrigatória fica na Rua Joaquim de Queiroz, nº 33.

A estudante Natasha Paez, 16 anos, tem um preferido: chocolate. Já enfrentou até chuva para comer o sorvete do Zé.

“Ela chegou aqui toda molhada pedindo sorvete”, lembra ele.

Natasha garante que vale a pena.

“Eu passo aqui todos os dias depois da escola para tomar sorvete. É uma delícia. E não engorda!”, brinca.

Em apenas 30 minutos dentro do estabelecimento contamos a venda de 10 sorvetes, entre bolas e picolés. Pelas nossas contas, isso daria cerca de 500 sorvetes por dia, em pleno outono carioca.
Em apenas 30 minutos dentro do estabelecimento contamos a venda de 10 sorvetes, entre bolas e picolés. Pelas nossas contas, isso daria cerca de 500 sorvetes por dia, em pleno outono carioca.

Por: anna.guimaraes
Fotos: Allana Amorim
Via: http://www.blogdapacificacao.com.br/

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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