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Ator usa arte como ferramenta de transformação

Foto: Divulgação
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Evandro Machado, ator, 39 anos, morador e criado na comunidade do Turano, faz teatro desde os oito anos. Começou no Centro de Defesa dos Direitos Humanos Bento Rubião, numa ONG de sua comunidade chamada Espaço Cultural Fazendo Arte, onde mais tarde foi, além aluno, foi instrutor de teatro. Hoje, já como ator profissional, coordena o trabalho.

Evandro acredita que o teatro pode e deve ser feito por qualquer pessoa, rica ou pobre. Sempre buscou oferecer oportunidades para seus alunos, encaminhando-os para testes ar s cos. Alguns dos alunos alcançaram ótimos resultados, como por exemplo do caso dos que participaram de filmes como Tropa de Elite, Cidade dos Homens, Totalmente Inocentes e até de produções internacionais, além de novelas como Palace 2 e Saramandaia.

O trabalho mais recente em que vários alunos puderam participar foi o comercial da Panasonic para as Olimpíadas, que inclusive contou com a participação do jogador Neymar Júnior.

Evandro participou de vários projetos voltados para a juventude como os Jovens pela Paz, programa do ex-governador Anthony Garotinho. Também atuou como educador comunitário no projeto Escolas do Amanhã, na Escola Frei Cassiano, na comunidade do Turano. Foi instrutor de teatro no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de sua região, Germinal Domingues. Atuou, ainda, como instrutor de danças urbanas na ONG Ressurgir.

O artista participou de produções nacionais como Tropa de Elite, Bendito Fruto e Operações Especiais, entre outras, além de novelas nas emissoras Globo e Record, sendo a mais recente Rock Story. Além disso, tem vasta carreira no teatro, com importantes peças como Macbeth, Dois Perdidos numa Noite Suja, Milkshakespeare.

Apesar de sua grande experiência, Evandro continua na luta no mercado de trabalho artístico. Ele afirma que “tem que matar um leão por dia”, seja em seu projeto social, seja na carreira. Sempre lutou por causas sociais, defendendo a igualdade e a inclusão. Ele acredita que a política no país está muito desgastada, devido à falta de respeito das lideranças para com a população. Pensa que uma das formas de mudar seria uma reforma política e o fim da impunidade descontrolada, além de novas políticas públicas e novos representantes. Segundo ele, para melhorar o futuro do país, precisamos de investimento na cultura e educação de qualidade, criando nos jovens uma perspectiva melhor sobre o futuro.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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