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Conheça o Felipe Arco, que transformou a cidade em um grande livro, cada rua uma página

Celso Felipe Marques Rosa - Foto: Petterson A/Instagram
Celso Felipe Marques Rosa - Foto: Petterson A/Instagram

Ao transformar a cidade em um grande livro, cada rua uma página, o escritor Celso Felipe Marques Rosa, de 25 anos, conquistou os brasileiros. Mais conhecido como Felipe Arco, ele escreve poemas por toda parte de diversas cidades. Entre elas está Belo Horizonte (MG), onde reside atualmente.

Felipe Arco escreveu dois livros. O ‘200 mil paçocas e infinitas poesias’, que é um relato poético do tempo em que ele vendia paçocas na rua. Durante dois anos, o lucro das vendas era sua fonte de renda e um auxílio para lançar seu primeiro livro. Juntamente com três amigos, ele viajou 50 cidades e 15 estados, o que resultou em seu segundo livro sobre relatos poéticos de suas viagens pelo Brasil, o ’12mil km e infinitas poesias’.

Frase escrita por Felipe Arco na lixeira de BH
Frase escrita por Felipe Arco na lixeira de BH

“Eu rodei várias cidades desse Brasil, isso ajudou a mais pessoas conhecerem o trabalho. Hoje tenho versos espalhados por grande parte do país, além dos meus livros também já terem chegado pra todos os estados. Fico muito feliz com esse reconhecimento sim, pois é gratificante receber um feedback positivo das pessoas. Ler e ouvir que meu trabalho tem ajudado os outros, é o maior reconhecimento possível. Isso com certeza dá mais forças pra escrever e me manter tendo novas ideias”, concluiu Felipe, orgulhoso do resultado de seu trabalho.

Ao somar suas duas paixões por escrever e pelo graffiti, ele buscou trazer um refúgio para o cotidiano caótico das pessoas, ao utilizar uma palavra de amor, uma reflexão ou uma gentileza. O Felipe nos contou que é essencial escrever com uma linguagem simples, para facilitar o entendimento de todos. Ele se considera um grafiteiro e pinxador e afirma que ambas as artes caminham juntas. “A pixação é um tipo de graffiti também, mesmo que a maioria da população não entenda isso. Graffiti não é só um desenho, é uma cultura muito maior. O problema é que as pessoas não estudam e acabam por reproduzir o que escutam”, explicou o grafiteiro.

Frase escrita por Felipe Arco na lixeira de BH
Frase escrita por Felipe Arco na lixeira de BH

Ao ser questionado sobre a atitude do Prefeito de São Paulo, João Doria, ter autorizado a remoção de inúmeros grafites pela grande metrópole, Arco disse “Achei absurdo o que aconteceu. Apagar a arte de rua é apagar a história da cidade. Muros não podem valer mais do que vidas. Fora que a prefeitura não tem o direito de apagar a obra de um artista, só o próprio autor tem esse direito. Mesmo ela tendo sido feita em uma parede pública.”

O mineiro relata que recebe diariamente diversas mensagens sobre o quanto seus versos tem ajudado a melhorar o cotidiano, as relações, até mesmo as opiniões. Algumas pessoas fazem relatos fortes, sobre depressão e tentativa de suicídio. Ao perceber tamanha proporção que suas poesias tomaram, ele entende que escrever poesias é algo que exige responsabilidade.

Sucesso nas redes sociais, Felipe Arco alcançou mais de 90 mil seguidores em seu Instagram, onde fotografias de suas poesias são publicadas diariamente. Ele vai lançar seu terceiro livro no mês de abril. E pretende escrever muitos outros.

Se você tem interesse de comprar o livro entre em contato com ele pelo facebook: https://www.facebook.com/felipe.arco.1

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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