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Cultivando o futuro – #Opiniao

Em passagem entre as cidades por uma estrada avistamos muitas áreas verdes sem saber a quem elas pertencem e o que cultivam na terra, aqui pelo nordeste, especificamente na Paraíba onde observamos as plantações de cana, macaxeira, batata e etc. Mesmo com essa diversidade e produção em grande escala feito pelas empresas industriais o pequeno agricultor ainda pode ser observado nas beiras de estrada oferecendo o seu produto em sua maioria orgânico oriundos da agricultura familiar, principal meio de subsistência de algumas famílias dessas regiões.

Essas atividades só ficam explícitas para algumas pessoas quando elas viajam e percebem a existência de alimentos bons e baratos com grande fonte de nutrientes em dias em que o hambúrguer e salsichas ditam as alimentações da vida corrida dos grandes centros, voltar a atenção para alimentação é algo que não é feito com frequência seja pela limitação de renda ou tempo, ainda é um desafio para nosso meio social.

Algumas escolas abordam o cultivo comunitário através das hortas cuidadas pelos próprios alunos, tem o objetivo de abastecer e transformar a relação com a comida servida no ensino público mas esses exemplos são cada vez mais raros mostrando o desperdício tanto de espaço quanto de materiais, deixando clara nossa deficiência em aproveitar nossos recursos. A conscientização que em primeiro ponto deveria ser abordado em ambiente escolar e poderia ser mais forte em zonas rurais, é enfraquecida pelo distanciamento desse ideal nessas cidades, fazendo com que essa educação alimentar seja esquecida.

Com o crescente números de programas de televisão com foco culinário o que antes era mais difícil de se observar, o comprometimento a ter um bom prato na mesa de forma mais saudável, pode ser o fôlego necessário para se iniciar uma mudança nesse aspecto e explorar novos rumos de forma geral nesses vícios alimentícios enraizados nas últimas décadas.

Incentivar o cultivo da educação não é apenas trazer esforços para o ensino acadêmico pois o meio em que vivemos é a extensão de todo esse aprendizado que tem de ser levado as comunidades, esse comprometimento com a sociedade é geral e repensar essas atitudes no meio ambiental, econômico e político se faz necessário para prover o equilíbrio.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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