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E agora, Crivella?

O Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país e que carrega certa influência na política nacional, acaba de eleger Marcelo Crivella como comandante da prefeitura pelos próximos quatro anos. A eleição se iniciou com uma disputa acirradíssima, tendo em alguns momentos o adversário Freixo à frente, mas logo antes de 50% das urnas apuradas já se mostrava a tendência da vitória de Crivella, se confirmando no término com 59,37% para o candidato do PRB.

Marcelo Crivella é alvo de acusações de que vai misturar política com religião, ele pertence ao projeto de poder da Igreja Universal e Record, onde o seu Partido (PRB) é usado para tal. Crivella foi um dos fundadores do seu partido, em conjunto com Bispo e proprietário da Record Edir Macedo. A folgada vitória de Crivella, foi impulsionada pelo eleitorado evangélico, que representa um terço dos quase 4,9 milhões de votantes, e pelos eleitores mais pobres e menos instruídos.

O novo prefeito Crivella vai ter um grande desafio como gestor do Rio, com um PIB de R$ 282,5 bilhões, a capital fluminense tem índice de mortalidade infantil de 12 por mil nascidos vivos e taxa de analfabetismo de 2,75% (5º lugar entre as capitais brasileiras). Pós os Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro enfrenta um brusco aumento do desemprego e sofre os reflexos da grave crise econômica vivida pelo país e em áreas fundamentais como segurança e saúde.

Entre suas promessas, Crivella prometeu acabar com filas em emergências de hospitais. Disse que também quer colocar guardas municipais nos colégios públicos e criar 20 mil vagas em creches até 2020. Cabe agora aos cidadãos do Rio de Janeiro fiscalizar cada ato deste novo governo, solicitar que suas promessas se tornem realidades e que suas políticas contribuam efetivamente com a cidade carioca.

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Esta coluna é de responsabilidade de seus atores e nenhuma opinião se refere à deste jornal.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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