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Ibirapitanga sofre com focos de mosquito Aedes Aegypti

Foto: Bento Fabio
Foto: Bento Fabio

Moradores da Ibirapitanga, localizado abaixo do teleférico das Palmeiras, sofrem com mato alto, buracos, falta de água e grande quantidade de lixo ao ar livre

Os moradores da Ibirapitanga, localizado abaixo do teleférico das Palmeiras, enfrentam há anos problemas como: Mato alto, falta de água encanada, gerando focos do mosquito Aedes Aegypti, esgoto a céu aberto, concentração de lixo, degraus altos herdados de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que dificultam o alcance dos correios, além de outros transtornos que persistem e que nunca são solucionados pelas autoridades.

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Crianças se arriscam em meio a vazamentos de esgoto e madeiras improvisadas para passagem dos moradores da região próxima do teleférico da Palmeiras. Foto: Bento Fabio

Em tempos de epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como Zika e Chikungunya, a vulnerabilidade do local para abrigar focos chama a atenção. Segundo o morador Valdo da Silva, o Preto, muitos sofreram com as doenças.

Valdo,  que está na comunidade há mais de trinta anos, diz que já não faz diferença falar com as autoridades e que “já está de desacreditado dos representantes locais e do estado. A equipe do Voz andou por ali e não foi difícil perceber que os problemas são graves.

Foto: Bento Fabio

Descendo a extensa escadaria da comunidade de ibirapitanga foi possível observar água potável desencanada jorrando, que além dos focos do mosquito, gera um caminho de lodo e uma grande concentração de lixo. Uma moradora que não quis se identificar afirmou que apesar do desperdício, falta água na casa dela. “Enquanto a água é desperdiçada, na minha casa só cai uma vez por semana mesmo pagando a taxa todo mês”. O mato não é capinado faz tempo. Os próprios moradores fizeram o trabalho em uma parte em que a planta está mais baixa.

Outro morador, Carlos Basta, diz que já encontrou até cachorro morto no lixo. Com 54 anos de idade e mais de 24 de comunidade, diz nunca ter visto tamanho descaso com o lixo como vem acontecendo nos últimos seis anos. Segundo ele, não adianta reclamar nem com a associação de moradores nem com a Comlurb que a coleta continua irregular, passando uma vez por semana, quando passa. “Ninguém faz nada”, afirma.

A equipe do Voz da Comunidade entrou em contato com os órgãos responsáveis pelos serviços citados na matéria, mas até o fechamento dessa edição não obtivemos resposta.

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Foto: Bento Fabio

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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