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Pânico em 2017

Foto: Reprodução/Internet
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No Brasil, um presidente que não é legítimo assassina o incentivo a pesquisa, quer congelar as assistências sociais e dar um up nos bolsos dos políticos. No Rio de Janeiro, o prefeito eleito Marcelo Crivella parceiro da Igreja Universal, acredita que a homossexualidade é um pecado e mulher tem que ser submissa ao homem… afinal, vieram da sua costela. Nos Estados Unidos, o presidente eleito Donald Trump que insultou mulheres, negros, mulçumanos e mexicanos durante a campanha, eleito num país que possui uma força bélica imensurável, comemora sua vitória ao som do desespero dos grupos minoritários.

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Foto: Reprodução/Internet

Sim, eu estou com medo de 2017. O medo já rondava o nosso país com o golpe que nossa democracia sofreu ao julgar o impeachment de Dilma Rousseff. Depois desse ocorrido, assistimos a cada dia o assassinato de um direito, de anos e anos de lutas por conquistas que em pouco tempo parecem retroceder à estaca zero. Não satisfeito suficiente a voltar ao passado, Michel Temer quer aprovar uma PEC que estaciona nossos direitos, nossas assistências, durante vinte anos. Nesse pequeno tempo que o presidente ilegítimo está no poder, foi possível perceber para quem está governando e digo que não é para você.

Vivendo essa onda do PMDB no país, em paralelo, vem as eleições para prefeito no Rio de Janeiro. A disputa por dois candidatos completamente distintos e diante da crise econômica do Estado, os eleitores desesperados pelo aumento do feijão e do desemprego, decidem votar no “menos pior”. No “menos pior” que na minha visão, parece compartilhar da crença de Trump sobre as mulheres, os gays e etc. A onda conservadora chegou.

Sim, estou com medo do nosso mundo. Nos últimos meses assisti pessoas no nosso país serem presas e perderem seus trabalhos por exporem suas opiniões, por terem pensamentos contrários aos vigentes no Estado. Eu não vivi a ditatura no nosso país, nasci num momento em que a população podia expor seus pensamentos e no momento, começo a estranhar a pressão reguladora que estão nos submetendo.

1933: Adolf Hitler (1889 - 1945), chancellor of Germany, is welcomed by supporters at Nuremberg. (Photo by Hulton Archive/Getty Images)
1933: Adolf Hitler, Foto: Hulton Archive/Getty Images

Gostaria de lembrar os leitos de como Hitler chegou ao poder. Naquela época a Alemanha estava destruída após a guerra e a população desesperada por resultados. Hitler jurou tirar o país da crise, mas utilizando de formas um tanto quanto drásticas, um dos maiores genocídios da história da humanidade aconteceu. Hitler foi eleito e apoiado pelo povo.

AUTOR:

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Esta coluna é de responsabilidade de seus atores e nenhuma opinião se refere à deste jornal.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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