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Para onde a vaia nos leva?

No dia (09/08) fui assistir um jogo das olímpiadas de basquete feminino do Brasil x Bielorrúsia, vi pessoalmente algumas coisas que estavam sendo ditas pelos jornais.

Já na entrada pessoas da organização do evento com alto-falantes davam as boas-vindas em diversas línguas, levantavam a galera para um clima de muita animação, realizavam algumas brincadeiras e diziam: Sem vais!
Aquelas palavras não fizeram tanto sentido naquele momento, mas durante o jogo fez bastante sentido para mim.
A grande maioria dos torcedores eram brasileiros, já quando o time da Bielorrúsia entrou o povo começou a vaiar e isso continuou durante todo o jogo. As mulheres de vermelho não podiam tocar na bola que o público começava, e quando arremessavam para a cesta se ouvia gritos de “erra”.

ginastas_coreias

Eu particularmente acredito que todos os atletas que participam de uma olímpiada já são vencedores, são pessoas que lutam todos os dias para alcançar o seu máximo, normalmente praticam o esporte desde muito pequenos, treinam mais de 8 horas por dia, não podem sair com os amigos muitas vezes, não podem comer qualquer coisa que tenham vontade, é uma vida muito restrita e sem folgas. Quando se é atleta, se é 24 horas por dia.

Então, essas pessoas se preparam todos os dias durante anos para chegarem até aqui, esse é um dos momentos mais importantes para muitos deles, precisam dar o impossível de si e são vaiados.

O esporte estimula a competição sim, coloca uma nação contra a outra, países que não possuem diálogo se encontram, é um momento único mas se não for visto de uma forma saudável, com toda a potencialidade que esses encontros podem oferecer, se torna destrutivo.

foto de Lucy Nicholson

Foto: Lucy Nicholson

Independente da blusa que se veste, pode ser vermelha, amarela, azul, verde, branca, todos somos humanos, todos temos sonhos e buscamos alcança-los.

Eu bato palmas para todas e todos os atletas que chegaram até as olímpiadas, parabéns!

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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