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Por onde anda… ROBERTA RODRIGUES

Foto: Reprodução/Internet
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Atriz e cantora na TV, teatro e televisão – não necessariamente nessa ordem. Roberta Rodrigues, a Berenice do famigerado filme “Cidade de Deus” e a Maria Vanúbia da novela “Salve Jorge”, hoje é mãe. Crédito que agora vem na frente de tudo o que você leu até agora. A primeira filha, Linda Flor, nasceu há quase seis meses. Sobre os planos para o futuro, Roberta deixa claro, na fala acelerada, que está animada e cheia de gás. “Tudo aconteceu no tempo certo. Estou muito, muito, muito feliz”.

Na lista dos projetos, para começar, uns quatro. E duas prioridades: “Eu cheguei no momento em que quero ser bem paga pelo meu trabalho. Quero o que realmente mereço. Eu não quero mais como se fosse um agrado”. E “botei na minha cabeça que quero mostrar outras vertentes. É uma questão de honra. Mostrar que eu posso ser uma médica, uma advogada, qualquer coisa”. A rotina, que já era agitada, está “dez vezes mais”, segundo Roberta. No ritmo de quem sabe aonde quer chegar e para quem o sucesso nunca vai ter limite.
ENTREVISTA COMPLETA:

ROBERTA RODRIGUES, POR ONDE ANDAS?
ROBERTA RODRIGUES: Ando por aí, sendo mãe. Engravidei ano passado, assim que acabou a novela, então eu realmente decidi viver para a minha filha no período de, no mínimo, quatro a cinco meses. Amamentando, me dedicando a ela. Mas como sou muito agitada e amo muito o meu trabalho, não consegui fazer isso e já estou que nem uma louca. Na primeira semana com a neném, eu já fui a uma reunião sobre um longa-metragem. E ela foi comigo. E acho que o papai do céu fez tudo certinho, porque ela é uma criança maravilhosa, tranquila, fica nas reuniões prestando atenção, observando. Tenho certeza de que ela será uma grande artista que vai transformar o mundo. E ela já veio assim pra mim, prontinha. Então estou com várias reuniões de trabalho, questões do meu projeto social, que faço há seis anos aqui no Vidigal. Eu ando sendo mãe e produzindo e sendo aquela louca que sou eu, a Roberta Rodrigues que todos conhecem.

QUAL FOI SEU ÚLTIMO TRABALHO NA TV?

ROBERTA RODRIGUES: Meu último trabalho na TV foi a novela “A Regra do Jogo”, onde fiz a “Ninfa”, que era uma personagem muito legal, trabalhando junto com a Le cia Lima e o Juliano Cazarré. A gente fazia um trio de funk, foi muito divertido. Costumo dizer que nem queria chamar meu trabalho de “trabalho”, porque na realidade é o que me realiza, sou feliz naquele momento, é como se fosse uma diversão. Deveria mudar o nome, deveria ser “diversão”. Foi muito maravilhoso, como todos os trabalhos que eu faço, tem um cantinho especial no meu coração. Eu me diverti bastante em “A Regra do Jogo”, foi uma boa despedida para ser mãe, dei tudo de mim. Faz um ano que a novela acabou e as pessoas ainda lembram, é impressionante.

VOCÊ CONTINUA CONTRATADA PELA GLOBO OU É POR OBRA?
ROBERTA RODRIGUES: O contrato foi por obra. Eu tinha um contrato longo em um período, mas depois a Globo começou a contratar só por obra, então acabou a novela, acabou meu contrato.

SUA FILHA VAI FAZER CINCO MESES NESTE MÊS DE JULHO. O QUE MUDOU NA SUA ROTINA DESDE QUE ELA NASCEU?

ROBERTA RODRIGUES: Tudo. Não só na rotina, na cabeça, na minha forma de ver o mundo. Mudou a minha postura perante as pessoas, perante o meu futuro. Eu fiquei dois meses sem dormir, porque assim que minha filha nasceu, ela mamava de 20 em 20 minutos. Depois de dois meses o máximo que a Flor dormiu foi uma hora, então fiquei bem esgotada. Mas, ao mesmo tempo, não queria parar a vida, continuava fazendo minhas coisas, não aceitava aquele cansaço. Louca que sou! Mas estou super feliz de introduzir a minha filha no meu dia a dia, porque ser mãe é uma dádiva. É algo que muda tudo para melhor. É muito mágico.

A MATERNIDADE TROUXE NOVAS PREOCUPAÇÕES? ROBERTA RODRIGUES: Comecei a refle r e fico muito preocupada com a violência. Sofro muito ao ler o jornal, saber que alguém morreu de bala perdida, ou que roubaram mais não sei quantos bilhões de um dinheiro que é nosso. Isso tem me deprimido e me feito repensar muito em tudo que eu construí, em tudo o que quero construir daqui para a frente, a educação que eu quero dar para os meus filhos, o que quero fazer da minha vida, o que eu quero falar. Cheguei nesse momento em que quero fazer os meus projetos, quero ter voz para falar no que eu acredito. Porque acaba que a gente, às vezes, deixa passar. E também cheguei no momento em que eu quero ser bem paga pelo meu trabalho, sabe? Quero o que realmente mereço. Não quero mais como se fosse um agrado, sabe? Quero ser muito bem paga, porque eu cumpro com o meu trabalho muito bem. Ter um filho muda também a cabeça: de você querer saber o seu valor, você sabe o seu valor. Você começa a analisar: não é só você, tem uma criança que depende de você. O futuro dessa pessoinha depende de você. A vida dessa pessoa depende de você. Então eu comecei a refletir e tudo mudou. A minha rotina já era agitada, agora está dez vezes mais. Mas estou feliz.

QUAIS SÃO OS PRÓXIMOS TRABALHOS? JÁ TEM CONVITES?
ROBERTA RODRIGUES: Tenho dois próximos trabalhos incríveis, geniais. Dois não, quatro, porque tem também as minhas peças, que vou produzir. Vamos botar pra quebrar. Cantar, atuar, falar do que nos aflige. A gente vai poder ter autonomia sobre a nossa arte. Isso é muito importante. É tão ruim quando a gente não pode fazer isso. A gente pensa em cantar também. Eu estou super feliz. Tudo acontecendo no momento certo, na hora certa. Já recebi convite para dois trabalhos que realmente vão marcar o Brasil mais uma vez. O mundo. E são trabalhos que eu estou esperando, estou ansiosa, longe de tudo que eu já fiz. Eu botei na minha cabeça que quero mostrar outras vertentes que tenho e isso é uma questão de honra. Mostrar que posso ser uma médica, uma advogada, qualquer coisa. Então estou nesse foco e esses trabalhos, graças a Deus, vão me permitir isso. Então estou muito muito muito feliz!

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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