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Projeto Penha Verde realiza ações de plantio e manutenção de árvores na região

Biólogo quer o engajamento dos moradores para cuidar das árvores

Dizem que uma andorinha só não faz verão, mas o biólogo Alessandro Magalhães de Oliveira, de 40 anos, desmente o ditado popular. Alessandro resolveu começar sozinho, em 2011, o projeto Penha Verde, onde se dedica de forma integral à causa ambiental. Morador do local, ele organiza ações de plantio e manutenção de árvores no bairro de mesmo nome do projeto, na zona norte do Rio.

A paixão pelo tema é antiga e revela que sua matéria preferida na escola era ciências e biologia, onde surgiu o amor pela natureza quando ainda era criança. Alessandro afirma que em 2006, participou de um projeto de reflorestamento de mata ciliar em Macaé, que fica nas beiras dos rios, e aprendeu as técnicas de plantio e viu que essa era mesmo a sua vocação.

“Nós aprendemos a coletar sementes nas árvores, germinar, fazer catalogação e a plantar na mata ciliar. O projeto durou três anos e deu pra aprender bastante coisa.”- Afirma Alessandro. Depois que voltou para o Rio, Alessandro percebeu que seu trabalho tinha que ser implementado na cidade grande, não no interior. Ele disse que inicialmente, seu foco não era a cidade do Rio, mas mudou de ideia, quando viu que o cuidado com as árvores era deficiente desde quando era pequeno.

O biólogo Alessandro Magalhães cuida sozinho do projeto e busca apoio dos moradores da Penha. Foto: Jacqueline Fernandes/Voz das Comunidades

“O problema é antigo e reparo desde criança. Nas calçadas onde eu moro, as árvores caiam e a prefeitura não botava no lugar. Se passavam dez anos e não colocavam a árvores de volta e até hoje o problema está assim”. Revela o biólogo.

O coletivo não tem sede e Alessandro faz o trabalho de divulgação em sua casa, que envolve fazer o material gráfico e administração das redes sociais entre outras atividades. Segundo o ativista, ele também faz articulações nos órgãos públicos para conseguir apoio nas ações e plantios. Fora isso, a cada quinze dias, acontecem encontros com coletivos da região que se fortalecem para revitalizar áreas no entorno do bairro, como o Valores da Penha, Centro de Integração Serra da Misericórdia e Vai dar Mídia.

O biólogo conta que muitas pessoas o procuram para levar o projeto a outros bairros, mas que ainda não tem estrutura para atender outros lugares. “A gente não está atendendo ainda outros bairros  porque eu quero fazer dar certo aqui na Penha primeiro, mas penso sim em espalhar para outros lugares, outras ruas, pelo Rio de Janeiro inteiro”. Afirma Alessandro.

O próximo trabalho a ser realizado é o Mutirão Florestal Urbano, no dia 7 de abril, às 8 da manhã na praça próxima da estação Penha BRT Penha I, onde serão colocadas mudas em covas de árvores e manutenção das que existem. “A gente quer que a comunidade se envolva e se sinta parte do projeto, proteja e cuide das
árvores. Para não deixar vandalizarem e que deem valor ao local onde moram”. Diz

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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