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A vida é mais doce na Pedra do Sal

Quando falamos da história das favelas do Rio de Janeiro, é quase impossível não falar da forte cultura afro que sempre esteve presente na região conhecida como “Pequena África” – que se estendia do entorno da Praça Mauá até a Cidade Nova. É lá, no Morro da Conceição, que fica a famosa Pedra do Sal, onde se encontra a Comunidade Remanescentes de Quilombos da Pedra do Sal. Com muita importância para a cultura musical e religiosa da cidade, a Pedra foi tombada em 20 de novembro de 1984 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.

Mas de onde veio essa rotina sambista no entorno da Pedra do Sal? Vem desde o tempo da escravidão, nas festas das casas de escravos e forrós, onde tocava-se o choro com flauta, cavaquinho e violão. No quintal, acontecia o samba rural, batido na palma da mão, no pandeiro, no prato-e-faca. Foi ali que nasceu o samba urbano carioca, que surgiram sambistas populares e antigos ranchos carnavalescos. Posteriormente reuniam-se grandes sambistas do passado, como Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Heitor dos Prazeres.

. Ou, então, fazer daquela energia boa a sua rotina.
A roda de samba na Pedra do Sal sempre foi do povo e para o povo. Além de representar constantemente essa luta da favela. Um exemplo disso foi a volta da roda após proibição do prefeito Marcelo Crivella em 2017. E voltou com força total em 2018, lotando as famosas ruas de paralelepípedo do lugar.

Fim das tardes e início das noites de segunda e sexta-feira centenas de pessoas se reúnem e vão adoçar a vida com um bom samba de rua.

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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