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O que é essa nova onda cultural que está a cada dia mais apaixonando o povo carioca?

O Slam definitivamente chegou com tudo no Rio de Janeiro, principalmente nas suas favelas. Trazido para o Brasil em 2008 pela Roberta Estrela D’alva (ZAP! Slam), e levado para as ruas pelo Emerson Alcalde (Slam da Guilhermina) em 2012, a competição de poesia falada acumula fãs por onde passa, ela abre espaço para todos, sem distinção ou preconceito.

Com um formato simples e uma fácil maneira de organização, o Slam ganhou força e número em todo o estado – já são 27 espalhados por toda a parte. O formato da competição diz que o poeta ou poetisa não deve usar adereços ou ferramentas cênicas, não pode ter acompanhamento musical e deve falar poesias de sua autoria. O tema das poesias é livre, valorizando a liberdade de expressão. Os cinco jurados são escolhidos no local em que acontece o Slam e avaliam com uma nota de zero a dez, com o critério que quiserem: interpretação, conteúdo, técnica, emoção etc. A menor e a maior nota são cortadas para evitar qualquer favorecimento. O Slam que cumprir as regras do circuito nacional, estará apto a enviar uma pessoa para representá-lo no Slam RJ, campeonato estadual de poesia falada que dá vaga no Slam BR, campeonato brasileiro. “Mas e quem for campeã(o) do Slam BR?”. Respondo: representará o país no campeonato mundial de poesia falada, em Paris.

O fato é que no Slam o que menos importa é nota. Campeão ou não, todos ganham: artistas e o público. As poesias dão a oportunidade da pessoa se ver e se identificar na fala da outra, que às vezes nem conhece. Sonhos são compartilhados por todos. As denúncias das opressões, do preconceito, da dor do dia a dia são constantes, porém o tema das poesias é livre e já existe um Slam feito somente para falar de amor – Slam Veia Aberta, em Curicica.

Unindo áreas que historicamente têm conflito, dando voz às pessoas que geralmente não são ouvidas e criando conexões através da poesia. Slam é a celebração da periferia! Celebração através da arte, da cultura e da empatia.

Abaixo os Slam que existem no Rio de Janeiro:

SLAM 024 (Volta Redonda)
SLAM BXD (Caxias)
SLAM CANTA TERESA (Santa Teresa)
SLAM DA PRAÇA (Vigário Geral)
SLAM DAS MINAS (Itinerante)
SLAM DE QUINTA (Paraty)
SLAM DO TOPO (Alto da Boa Vista)
SLAM FAVELA (Rocinha)
SLAM FAVELA TEM VOZ (Santa Cruz)
SLAM GRITO FILMES (Itinerante)
SLAM IFRJ
SLAM LAJE (Complexo do Alemão)
SLAM LIBERDADE (Petrópolis)
SLAM MANGUINHOS
SLAM MELANINA (Cidade de Deus)
SLAM MUQUIÇO (Marechal Hermes)
SLAM NÓSDARUA (BRT Taquara)
SLAM PELA UERJ
SLAM POESILHA (Ilha do Governador)
SLAM PPF (Nova Iguaçu)
SLAM PRÉ-CONCEITO (Niterói)
SLAM SECUNDA RESISTE (AERJ)
SLAM TRINDADE (São Gonçalo)
SLAM UFRJ
SLAM VEIA ABERTA (Curicica)
SLAM VILA ISABEL
SLAM X (Méier)

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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