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O que os índios têm a nos ensinar sobre preconceito?

jogos-indiosCaro leitor, você já se perguntou sobre sua origem? Já se perguntou sobre a quem pertencia estas terras em que pisas? Aos índios, eles são os senhores do Brasil, e hoje existem quase um milhão destes nativos no país. Na década de setenta acreditava-se que desapareceriam, é fato que este número já foi bem maior, mas há de se considerar que houve progressos na política que contribuíram para a reserva de terras indígenas consideravelmente, e por conta disso, o número de nativos em solo brasileiro só tende a crescer…

Mas e no mundo? Existem índios no mundo também? Sim, a palavra índio denota povo local, em geral que subsiste por meio dos recursos oferecidos pela mãe natureza, e pasmem! Há muito mais índios do que você imagina! Mais até do que a população dos Estados Unidos da América, que é a terceira maior população do mundo… São mais de 350 milhões de indígenas no planeta Terra! Eles estão por todos os cantos, desde o norte gélido da Sibéria ao topo das montanhas do Sul da Argentina, estão também em todo o território brasileiro, principalmente na região norte onde a Amazônia ocupa.

Mas eles não são iguais uns aos outros, e justamente por isso eles tem muito a nos ensinar, pois são centenas de vezes mais diversificados que nós que vivemos nas grandes cidades. No ano de 2015, Palmas, capital do Tocantins, sediou os primeiros Jogos Mundiais Indígenas, que contou com a participação de mais de dois mil atletas de 24 países, advindos de aldeias, atletas que plantam, colhem, caçam, realizam ritos e que comungam com a natureza… Estes representantes de povos nativos de diferentes lugares, que não sabiam da existência uns dos outros, se reuniram para competirem provas como: Arco e flecha, corrida com tora, luta na areia, arremesso de lança, cabo de guerra, e muito mais… Mas o que eu pude notar foi que ao acompanhar todas essas provas, estes índios mais sorriam do que competiam, mais se alegravam do que sofriam, mais confraternizavam uns com os outros do que disputavam uns com os outros… O que isto tem a nos ensinar?

Ora meu caro amigo, você que vive na cidade grande já deve ter ouvido falar em racismo, presenciado esta atitude repugnante na fila de um cinema, num bar, num ônibus, num hospital ou em qualquer outro lugar… Mera ignorância, nas cidades nós só percebemos praticamente duas cores que colorem as peles dos negros e dos brancos, como se só duas etnias subsistissem juntas no mundo, mas não, ele é muito maior, isto é uma noção muito pequena perto da realidade, pois existem mais de cinco mil etnias indígenas ao redor do planeta. Se fossemos contar com os povos ocidentais e orientais predominantemente urbanos, seriam ao menos mais de seis mil etnias no mundo. Você pensava que existiam muitas raças de cães e de gatos? Acredito que agora mudou de opinião, estou certo? Então reflita o quão pequeno somos, e o quão prepotentes devemos ser para nos julgarmos superiores a alguém por conta de uma mera cor de pele em meio a seis mil outras cores metaforicamente falando…

Portanto, caro racista, a sua cor é só mais um tom entre milhares de outros entorno do mundo, e se sentir maior por isto, te faz menor ainda… Se estes povos que nunca se viram apertaram as mãos, trocaram sorrisos e confraternizaram nos jogos mundiais indígenas, por que nós, negros e brancos, que vivemos nas cidades e já nos vemos a tanto tempo, não fazemos o mesmo?


Sobre o autor:

11226059_919199861489935_9194135250296814813_nMe chamo João Pedro Dornelles Claret, tenho 21 anos e sou estudante de Direito da Universidade Federal do Tocantins, fundador da Web-page Brasil Intelecto que reúne um grupo de jovens de destaque no intuito de difundir conhecimento e cultura. Além de músico, também sou poeta com minha obra ¨Etapas do Viver¨ prestes a ser publicada.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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