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Voz da Arte de junho: entre rimas, danças e reconhecimento

A coluna Voz da Arte de junho está vindo no começo de agosto porque está recheada! Se liga só no que recebemos:

É poesia marginal que você quer? Pois é, todos queremos! Então começamos a coluna apresentando três artistas, dentre os quais um já teve trabalho divulgado por nós. O primeiro é o Gustavo Nunes, de 20 anos, morador da Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. A poesia “Conto de fadas” pode ser conferida em sua forma falada (do jeitinho que ocorre nos slams – competições de poesia falada) no canal do Nova Era Poética, um coletivo de grande importância na cena hip hop e na Poesia Marginal do Rio de Janeiro e sobre a qual falaremos mais a fundo em uma próxima coluna. Vou dar um tempinho pra você ver a poesia do Gustavo Nunes…

E aí? Viu? Pesada né? Quer acompanhar o trabalho dele? É mole! Segue nas redes aí ó:

Facebook: Gustavo Nunes

Twitter: @GNDS22

Instagram: @Nunes.022

Tem mais uma poesia falada, do poeta Gaudard, que pode ser conferida em seu canal. Gaudard tem 17 anos e é morador de Nova Cidade, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Acompanhe o artista nas redes:

Instagram: @EduxGaudard

Twitter: @EduxGaudard

Pera aí que não acabou de poesia, não. É que o estilo marginal em forma de rimas vem tomando o Rio de Janeiro de ponta a ponta. Pega a visão:

Zack De La Rocha Torres, 25 anos e morador de Parada de Lucas, Zona Norte do Rio, escreveu esta:

Na inglaterra, berço da rev. Industrial
Bajulação total da família real
Idealizando um mundo igual
Berço do capitalismo, somos escravizados pelo capital

Vamos ao que interessa
Te mostro a outra face da moeda
Imperialismo forçado, que porra é essa
Dívida eterna do Brasil, isso até parece uma peça
Um mundo ideal da inglaterra que não existe
África dividida, etnias em guerra ainda persiste

Choro de diversos irmãos e irmãs que vivem no continente Africano
Que casamento real que é engolido que nem comprimido
Engole tudo de uma vez e faz efeito que não é reflexivo

Vamos ao Brasil, ver as reflexões reais
Desigualdade são cada vez mais presentes
Mão de obra especializada mais frequente
Petróleo é a chuva de dinheiro ardente
Outros ricos e outros pobres, situação deprimente
Saneamento básico, ainda é visto como luxo
Esse é o casamento real, realidade de muitos

Quer ver mais poesias dele? Tem uma no Voz da Arte de maio, que você pode conferir clicando aqui. E você pode visitar e curtir a página Rap Do Terceiro Mundo ou acompanhar ele pelo Face pessoal mesmo: Zack De La Rocha Torres.

Bora pro rap? Apresento a você um dos CDs mais aguardados na favela da Rocinha e que está na pista há um tempo. É o álbum “REP DE FAVELA”, do Guilherme Rimas, que pode ser encontrado no canal do artista e no SoundCloud. O rapper tem 33 anos, é morador da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Curtiu o disco? Quer levar um show do Rimas para o seu evento? Faça isso, porque é o seu evento que vai estar ganhando. Acompanhe o trabalho dele, entre em contato e contrate:

Página: Guilherme Rimas

Instagram: @guilhermerimas


E tem mais rap! Tem trabalho do Mello Mc na rua! O som de nome “Resistência” pode ser encontrado no
canal do artista. Mello Mc tem 24 anos, mora na Barreira do Lins, em Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Curta e siga ele em todas as redes, porque com certeza há novidades por vir:

Página: Mello Mc

Instagram: @melloo_mc

SoundCloud: Mello Mc

Também destacamos o som do Cosmos, grupo artístico de rap da gravadora 360k Estúdio. O som, que recebe o nome de “Sou Comédia Não”, com participação do produtor musical e cantor Dbob, pode ser escutado no canal do grupo. Cosmos é composto por 2 artistas: Iori, 18 anos e morador da favela do Tronco, no Jockey, São Gonçalo; Conrrado, 17 anos, morador da favela Ipuca, em Jardim Catarina, também em São Gonçalo. Acompanhe nas redes!

Página: Cosmos #TDK

Instagram: @cosmos_tdk

Ainda como som assinado pela 360k Estúdio, temos o som do Jorge, com participação do Iori, do Cosmos: “Orações”. O som pode ser encontrado no canal do artista. Jorge tem 20 anos e é morador da favela Adita, no Jockey, São Gonçalo. Quer acompanhar o trabalho dele? Siga nas redes:

Página: Jorge Mc

Instagram: @mcjorge2311

Também tivemos lançamento do Sequella, 18 anos, cria da Cidade Alta, Zona Norte do Rio de Janeiro. Confira o som no canal do artista. Acompanhe nas redes:

Página: Sequella – Família Dobol

Instagram: @oficial_sequellafdbl

Twitter: @OficialSequella

Achou que só teria poesia e rap? Na favela as possibilidades são infinitas. A coluna Voz da Arte de junho também destaca a Academia de Dança Valéria Martins, da Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Mesmo sem sapatilhas e usando roupas improvisadas, a equipe conseguiu conquistar o 1º lugar no Festival de Dança da Barra da Tijuca de 2018 com a coreografia “Spider” (imagem destaque da coluna), levando muita honra e orgulho para as favelas do Rio. Curta a página e conheça a Academia de Dança Valéria Martins.

Para finalizar esta matéria, traremos um depoimento muito importante e que dá ainda mais sentido a esta coluna. O depoimento é do Savio Daniel:

“sou ator em formação moro no Complexo do Alemão, tenho 16 anos e faço parte da primeira turma de jovem aprendiz do estado do Rio de janeiro, eu era um garoto tímido e hoje supero a timidez graças á arte, meu primeiro contato com a arte foi aos 14 anos e desde então me apaixonei. Sempre ouvi que quem vive de arte vai passar fome, até mesmo em casa ouvia que o teatro não leva ninguém a lugar nenhum. Mas mesmo ouvindo tudo isso não larguei o teatro e hoje sou apaixonado pela arte.”

Quer acompanhar Savio Daniel nas redes e, inclusive, entrar em contato para conversar melhor sobre como ele vem conseguindo superar a timidez por meio da arte? Siga ele no instagram: @savio.daniell e/ou siga ele em seu perfil pessoal: Savio Daniel.

Esta foi mais uma coluna Voz da Arte: vozes artísticas que dizem que favela não é sinônimo de violência.

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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