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Movimento Negro vencerá autoritarismo no Brasil

Ainda precisamos chegar a mais de 50% dos eleitos e, para isso, é necessário investimento dos partidos políticos para uma política em que o antirracismo não esteja apenas no discurso
Créditos: Os ativistas Wesley Teixeira (esquerda), Douglas Belchior (meio) e Vanessa Vicente (direita

Foto: Beatriz Domingos
Por: Vários autores para PerifaConnection, na Folha de S.Paulo

Assim como o Black Lives Matter nos Estados Unidos foi fundamental para derrotar Donald Trump (2020), o Movimento Negro no Brasil será imprescindível para derrotar Bolsonaro.

A estratégia começa com uma campanha denunciando a violência vivida pela população, por meio de agitação permanente nas redes sociais, atos de rua e ação nos territórios. Nesse sentido, não se pode desconsiderar a importância da participação de famosos.

Esse movimento será possível por meio de uma aliança com diferentes setores para derrotar o autoritarismo.

No campo da política, essa movimentação da sociedade civil também evidencia a necessidade de eleger novas figuras públicas e ativistas nos espaços legislativos.

No Brasil, estamos resistindo ao genocídio da população negra há mais de 380 anos, desde a falsa abolição. Sendo que nos EUA, os afro-americanos representam 12,3% da população, enquanto que por aqui a população negra constitui 56,10% dos brasileiros.

Mesmo em maioria, ainda não temos uma representação nos parlamentos e executivos que correspondam e representem efetivamente a realidade brasileira. Por exemplo, nas eleições de 2018, foram eleitos apenas 444 políticos negros das 1.626 vagas no legislativo, expressando 27,3% do total.

Nas eleições de 2020, dos mais de 58 mil vereadores eleitos, 44,7% foram pretos e pardos. Dos 5.568 prefeitos eleitos, aproximandamente 1,7 mil eram negros, o que representa 32,9% do total.

Ainda precisamos chegar a mais de 50% dos eleitos e, para isso, é necessário que haja investimento dos partidos políticos em uma política em que se aplique o antirracismo não só no discurso, mas principalmente na prática.

Isto é, visando garantir a nossa segurança, pois nossas vidas não são descartáveis; espaço e tempo na televisão, materiais, alimentação, entre outras condições que nos permitam conduzir um processo intenso de participação popular nas periferias e centros urbanos.

Nossa democracia sempre foi estruturada no racismo e por isso nunca foi plena; não é recente a tentativa de eleição de ativistas negros, mas isso sempre representou uma ameça.

Em 1909, 30 anos após a lei da abolição, no Rio de Janeiro, Manoel Monteiro Lopes foi o primeiro negro eleito e teve seu mandato impedido, pois naquela época analfabetos, que em sua maioria eram negras e negros, ainda não votavam. Isso só foi mudar com a constituição de 1988, que considerou o racismo como crime. Constituição que agora está ameaçada.

Após anos de muita invisibilidade, as mulheres negras com suas construções vem ocupando espaço na política em maior número. Esse fenômeno é resultado do martírio de Marielle Franco, dando o recado que não aceitaremos ser interrompidos.

O crescimento do Bolsonarismo, visto ainda nas últimas eleições, não é um fator preocupante apenas para o sistema democrático, mas também um ataque à vida e aos direitos da população negra.

O Bolsonarismo põe também em xeque o crescimento da participação de negros na política nacional, inclusive quando coloca pessoas negras em posição de poder, visando questionar e desconstruir o legado de lutas do Movimento Negro.

Sabemos que a democracia só nos alcançará efetivamente quando pessoas negras ocuparem devidamente os espaços, pautando compromissos antirracistas.

Está cada vez mais nítido que avançar na agenda antirracista só será possível quando barrarmos a ascensão do autoritarismo e todos os retrocessos que o Bolsonarismo representa.

A burguesia no Brasil sempre nos colocou em lugar de servidão, da senzala, do quarto da empregada doméstica e do elevador de serviço. Ela nunca aceitou. Andamos de avião, sentamos no mesmo restaurante ou frequentamos a mesma praia!

Mas a geração que começou ocupando um espaço de poder que foi uniiversidade, graças a conquista do movimento negro de cotas racias, vai continuar ocupando a mídia a política e todos os espaços que nos foram historicamente negados, com o nosso cabelo, o nosso jeito de falar e com nossa enorme contribuição de saberes.

Wesley Teixeira
Morador da Baixada Fluminense, integrante do PerifaConnection, da Coalizão Negra por Direitos e da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

Douglas Belchior
Historiador, cofundador da Uneafro Brasil e da Coalizão Negra por Direitos

Ingrid Farias
Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, Articulação Negra de Pernambuco, pesquisadora de gênero, raça e política de drogas

Henrique Vieira
Pastor e fundador do Coletivo Esperançar

Iza Vicente
Advogada, única vereadora negra em Macaé/RJ (REDE) e presidenta da Comissão de Direitos Humanos na Câmara Municipal

Romario Regis
Vereador em São Gonçalo/RJ e Presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal

Monica Cunha
Movimento Moloque e Coalizão Negra Por Direitos

Andréa Bak
Química, Ativista, Artista, Integrante do Slam das Minas, Aliança Antirracista e Assessora parlamentar

PerifaConnection, uma plataforma de disputa de narrativa das periferias, é feito por Raull Santiago, Wesley Teixeira, Salvino Oliveira, Jefferson Barbosa e Thuane Nascimento. Texto originalmente escrito para Folha de S. Paulo.

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