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Primeira parada LGBT de orgulho gay no Complexo do Alemão

início da parada LGBT no Complexo do Alemão - Foto: Renato Moura
início da parada LGBT no Complexo do Alemão – Foto: Renato Moura

Nesta última sexta-feira ocorreu a primeira parada gay no Complexo do Alemão. O evento teve início às 14:30, quando houve a chegada das agentes da saúde e a concentração do pessoal que optou por chegar mais cedo para assistir ao começo do evento. Durante esse tempo, o evento foi cheio de música, descontração e diversão. Logo a tarde, a Parada LGBT contou com a presença de dois ícones do funk, Valesca Popozuda e MC Smith, entre outras atrações.

Por volta das seis horas e trinta minutos da noite (18:30), a passeata finalmente teve início, com exatamente três trios repletos de músicas e animação, sendo que o ponto de saída dos trios foi na Praça de Inhaúma e o fim da passeata foi no Campo do Sargento, na Canitá. A primeira Parada Gay não acabou por aí, pois, depois da passeata, o pessoal se reuniu no Campo do Sargento para finalizar a noite.

Valesca chegando na Primeira Parada LGBT de Orgulho Gay - Foto: Renato Moura
Valesca chegando na Primeira Parada LGBT de Orgulho Gay – Foto: Renato Moura
– Fico realmente feliz em comparecer a praticamente todos os eventos em que sou chamada aqui no Complexo do Alemão, pois meu trabalho começou não só aqui como em outras comunidades. Sou muito grata por comparecer em um evento como este, pois o orgulho gay é um assunto sério e nada me deixa tão triste quanto a homofobia, pois todos nós merecemos respeito, todos nós somos iguais. Espero que essa parada seja a primeira de muitas outras e só tenho a agradecer por ter sido escolhida a madrinha da parada LGBT e, com toda a humildade, eu posso dizer que algumas se jogam para conseguir um posto assim, mas eu não, eu fui acolhida por eles. — Palavras da Valesca Popozuda em uma entrevista para o jornal Voz da Comunidade.
Mayke Machado, um dos grandes organizadores do evento - Foto: Renato Moura
Mayke Machado, um dos grandes organizadores do evento – Foto: Renato Moura
– Estamos organizando esse evento há cerca de dois anos e tivemos outros seis meses para ajustar os detalhes com todos os convidados. O objetivo da Parada LGBT era conseguir mostrar para a comunidade que nós, homossexuais, também temos o direito a igualdade e respeito, e eu creio que fomos além do nosso objetivo, pois a própria comunidade nos abraçou, demonstrando, assim, que também temos os mesmos direitos que qualquer cidadão. E eu só tenho a agradecer a todos que compareceram ao evento e a todos que fazem parte do dia a dia contra a homofobia. E eu pretendo continuar assim e o que eu posso dizer é que o próximo evento irá mostrar a história da vida dos jovens homossexuais que moram dentro das comunidades. — Palavras ditas por Mayke Machado, um dos grandes organizadores do evento.
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Marcos Vinicius, transexual, cujo o nome fictício é Michelle - Foto: Renato Moura– Estou gostando muito dessa primeira Parada Gay aqui no Complexo do Alemão, está tudo muito bem organizado e espero que venham muitos outros eventos como este. Tenho orgulho de estar participando disso e de estar pondo a cara, pois sou a favor de um mundo sem homofobia e sem preconceitos. — Afirma Marcos Vinicius, que prefere ser chamada de Michelle Smith, transexual e moradora do Loteamento da Brasilia.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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