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Morador que trabalhava no “Uber da Comunidade” do Alemão morre com suspeita de coronavírus

O motorista do “Uber da Comunidade” Alisson Vitor Duarte de Almeida, de 42 anos, faleceu na madrugada de quarta-feira (07) por suspeita de coronavírus. O morador da Fazendinha, no Complexo do Alemão, apresentava sintomas da Covid-19 e morreu na última madrugada após uma parada cardíaca.

Alyne Alice Santos, sobrinha do motorista, denuncia que o tio compareceu por duas vezes ao Hospital Pasteur, como febre, dores de cabeça e corpo nas últimas 3 semanas e mesmo fazendo parte do grupo de risco, não conseguiu o teste de coronavírus. De acordo com a família, Alisson, que possuía histórico de problemas de saúde, como hipertensão e diabetes, foi mandado para casa duas vezes pelo hospital do Méier antes de ser internado no Hospital Santa Terezinha, na Tijuca, onde estava entubado desde o feriado do Dia do Trabalhador, dia 1 de maio.

Alisson com os filhos, Katharina e Victor. Foto: Arquivo pessoal

“Não é só uma gripe, é coisa séria! Precisamos tomar cuidado em todos os lugares. Muitas pessoas nem máscara estão utilizando. Podemos ver de nossas janelas adolescentes, crianças, idosos, passando como se fosse férias. Porque você às vezes pode não ficar doente mas, quem você ama pode vir a ficar. Não vai adiantar chorar depois! Meu tio era um grande homem. Meu amigo, sempre fazendo todos sorrirem, quem precisava dele, ele ajudava.”

Em homenagem, amigos do “Uber da Comunidade” adicionaram uma faixa para a despedida ao motorista, que é lembrado por ser um homem alegre e cheio de carinho com a família. “Alisson / Uber. Saudades eternas”. O enterro, ocorrerá amanhã às 09:45, no cemitério de Inhaúma, sem velório.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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