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Açaí da Lili faz sucesso no Alemão, Rocinha e agora na Penha

O açaí é tão falado nas favelas e nas redes que chamou a atenção de um DJ estourado do momento

Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades

A empresária, mãe e apaixonada por açaí, Leilane de 32 anos, cria do Complexo do Alemão, viu na sobremesa a oportunidade perfeita de empreender e expandir seus negócios. Segundo a própria,”Felicidade é um copo de Açaí”, frase que ela leva como um slogan nos uniformes das funcionárias e estampa a entrada da loja. Toda essa paixão fez com que, em um ano, a proprietária do Açaí da Lili conquistasse moradores das Favelas da Rocinha, Zona Sul do Rio, Complexo do Alemão e Complexo da Penha, que ficam Zona Norte da cidade. Mas, afinal, por que o Açaí da Lili é um sucesso nas favelas do Rio?

“Eu sou uma apaixonada por açaí e eu nunca imaginei que hoje eu estaria vendendo. Sou cria da Relicário, fui nascida e criada ali e sempre comi essa iguaria. Eu precisei acreditar no meu sonho e colocar nas mãos de Deus. Hoje, vocês podem ver e provar que meu açaí tem um diferencial”, comenta.

Açaí
Além dos adicionais tradicionais, a empresária revela um adicional diferenciado no seu açaí.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Leilane sempre trabalhou com o público. Ela cuidava da central de internet do seu esposo e, após ficar viúva, encontrou no seu novo negócio uma paixão para empreender. Assim, criou forças para começar do zero e cuidar dos seus dois filhos, a Liane, de 11 anos, (que leva o nome da loja), e o caçula Emanuel, de 3 anos.

A proprietária acredita que tem espaço para todos e torce para que as pessoas conquistem e realizem seus sonhos, assim como ela está realizando o seu. Mas, não é só de sonhos que o Açaí da Lili vive. Existe toda uma rotina de dedicação e trabalho dobrado, para que o açaí tenha uma consistência diferenciada e seus acompanhamentos sejam frescos e escolhido por ela a dedo.

A loja da Penha, foi inaugurada em menos de um mês e ela tem outras duas, no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha.
Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades

A rotina e dedicação ao trabalho

“Eu tenho uma rotina de entrega pelo meu negócio. Eu levanto cedo, vou até o Ceasa, escolho as melhores frutas, bato o açaí até a consistência que eu gosto, distribuo para cada loja. Meu açaí tem que agradar ao paladar do freguês. Você não sente aquele gosto de gelo e nem de água. É açaí mesmo, tudo da melhor qualidade. Eu e meu pai fazemos a batida. O controle de qualidade é rigoroso”, brinca a empresária.

Além da paixão pela sobremesa, Liliane fez de seu negócio um polo de empregabilidade. A empresária só contrata moradores de favela e ela os capacita e supervisiona de perto. “Eles fazem parte da família, eu não faço nada sozinha, é um ajudando o outro”. Lá na Rocinha, no Largo do Boiadeiro, empreendedora fez sociedade. Mas, na Penha e no Alemão ela supervisiona tudo de perto. Mesmo enfrentando esse período de pandemia com aumento de preços, ela continua fiel à receita de origem e com o mesmo preço. Por dia, chega a vender 7 baldes de açaí.

Dj Azeitona com o açaí da Lili.
Foto: Reprodução

O Açaí da Lili é tão falado nas redes e nas ruas das favelas que um famoso DJ do Alemão, dono do hit Para de Falar, estourado nas plataformas digitais, só come o famoso açaí. Dj azeitona é tão fã que convidou a proprietária para participar do seu clipe.

O açaí da Lili funciona das 5h da tarde até 2h da manhã e fazem entregas em diversas regiões do Rio. Leilane contou com exclusividade o adicional que leva os clientes a loucura. “Meu açaí tem a opção além das frutas, do cliente colocar creme de ninho ou iogurte natural”.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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