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Acumulo de lixo pelas ruas é um dos problemas que moradores do Alemão têm enfrentado

Algumas localidades da comunidade concentram grande quantidade de lixo e isso afeta diretamente a vida e a saúde dos moradores

Foto: Selma Souza / Voz Das Comunidades

Não precisa ir muito longe para perceber a quantidade de lixo que está jogado pelas ruas e calçadas. Isso acontece por diversos motivos, seja por falta de caçambas, seja falta de um espaço reservado só para o descarte, consciência ambiental ou até mesmo contratação de mais garis comunitários.

A situação é um problema recorrente. Pois, desde 2019, mostra-se a falta de fiscalização, comprometimento da prefeitura na sua gestão passada, o que consequentemente iria refletir nos dias atuais.

Em primeiro lugar, na parte alta da favela do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, é muito difícil encontrar variedades de pontos de coletas. Quando há, é muito distante, o que deixa o morador sem opção de jogar o seu lixo. Dessa maneira, pensando nisso, os próprios moradores e as Associações têm feito um trabalho coletivo, para que não continue a ser prática diária (e novas formas de despejar o lixo existam).

Mas, de quais lixos está se falando? Todos! Lixos domiciliares, móveis, entulhos, ou seja, de tudo um pouco se pode encontrar pelas ruas do Alemão.

Em volta do Rio Timbó existe o acumulo de lixos e entulhos. Foto: Selma Souza/ Voz Das Comunidades

Associação de Moradores e representantes locais fazendo a sua parte

Na Localidade da Alvorada, no Complexo do Alemão, o presidente da Associação de Moradores, Renato Santos, executa trabalhos de revitalização, além de coleta de reciclagem no território.

O presidente da Associação de Moradores em parceria com a Conlurb revitalizou a área de despejo de lixo na alvorada.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Já em relação à Área 5, era quase impossível transitar, devido aos lixos na calçada do muro da fábrica da Daru. Durante ano, aquele espaço foi feito de lixeira. Diversas vezes esse ficava com tanto lixo que tomava a rua, dificultando a passagem de carros e pedestres. Com isso, vendo o descaso, os moradores, juntos com a Associação, resolveram fazer um canteiro no local.

“Vocês não tinham ideia de como era vergonhosa a situação e vai muito da educação do morador, eu moro aqui embaixo e já vi várias vezes as pessoas descendo com lixo, muitas vezes com carrinho de entulho e isso dá muito rato, mosquito, quando chove enche tudo. A solução mais eficaz foi fazer um canteiro”, Ana Silva, moradora da Área 5, em frente ao muro da empresa Daru.

Conscientização dos Moradores

Na entrada da Nova Brasília, foi jogado um sofá na caçamba e prefeitura disponibiliza o serviço 1746 para recolhe esse tipo de lixo. Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Na entrada da Nova Brasília, flagrou-se um sofá dentro da caçamba de lixo. Mas, para móveis e entulhos, esse não é o local mais apropriado e recomendável. A prefeitura do Rio tem o serviço do 1746. Caso algum morador precise, é só solicitar a remoção de entulho e bens inservíveis (móveis), enviando uma mensagem para o número do WhatsApp (21) 3460-1746. Além disso, o número 1746 funciona pelas redes sociais Facebook e Instagram.

Vale lembrar que o lixo jogado nas ruas, a céu aberto, por exemplo, atrai ratos, baratas e moscas, o que deixa mais propício para aparecimento de doenças.

Em nota, a Comlurb informou que, no Complexo do Alemão, a coleta de lixo ocorre duas vezes ao dia, de segunda a sábado, além do domingo pela manhã. E, também, a companhia mantém, inclusive, uma gerência de limpeza no local. “Há duas caixas estacionárias no ecoponto da Nova Brasília (Rua Nova Brasília, na Praça do Terço), duas  na Rua Canitar e mais duas no pátio da Gerência, na Estrada do Itararé, 450 (ao lado da Grota).”

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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