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Jovem de 23 anos cria projeto social ‘Favela Vertical’ e ajuda no combate ao Covid-19 em comunidade da Zona Oeste

Rafael Oliveira leva cultura, educação e assistência à comunidade

O jovem Rafael Oliveira, de 23 anos, nascido e criado na comunidade do Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio, tem papel fundamental no cenário social da sua comunidade. Ele é produtor cultural, estudante de contabilidade, coordenador e fundador do Coletivo Favela Vertical (@favelavertical), que tem como objetivo gerar cultura, arte e educação para os moradores do Gardênia.

Rafael Oliveira em ação pelo Favela Vertical / Reprodução Instagram

Rafael conta que o coletivo surgiu em agosto de 2019, junto com a construção da sua formação como produtor pela ESPM e Museu de Arte do Rio. “Sempre entendi que minha favela precisava de um espaço plural, múltiplo de ideias e que repensasse como o nosso território pode se desenvolver. Entendendo desde o começo, como e o por que estávamos paralisados no desenvolvimento comunitário em comparação à outras comunidades por causa da força política imposta para nós desde o surgimento da comunidade, tentei produzir um organismo que pudesse ultrapassar e viver em conjunto a isso. E foi pensando nisso que pensei num espaço de cursos, oficinas e construção que fornecesse educação comunitária, cultura de território e geração de renda.

O produtor cultural diz que o maior desafio foi a criação de um sistema em que fosse inserido algo do morador para o morador, entendendo a linguagem, onde aplicar e também captar recursos, que é sempre desafiador. Rafael relata como é bom fazer o bem: “em contrapartida, a alegria é diária, talvez não tenha enxergado muito nesse momento em que a gente caiu no assistencialismo imediato, porque é triste termos que abrigar gente com fome e fazer ou refazer o trabalho do Estado. Mas, por exemplo, recebo sempre o feedback de alunos dos nossos cursos e do Pré Vest Social sobre como é uma mudança real e esperança de vida”. 

Ministério da Saúde anuncia até R$1,2 bilhão para ações de combate ao coronavírus em favelas

O coletivo segue muito atuante durante a pandemia do novo coronavírus. Rafael e sua equipe já distribuíram cerca de 1.150 cestas básicas pela comunidade. 

É esperança para dias futuros serem muito melhores. Entender que posso ser parte da mudança de realidades dos meus, me causa muito alegria”, afirma o fundador do coletivo.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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