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Cria do Chapadão, artista estreia exposição com todas as obras vendidas

Johny Alexandre Gomes, o Jota, de 20 anos, inaugura a exposição “Eu vim de Lá”, no MT Atelier, na Lapa, com traços do cotidiano favelado
Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo

A arte é uma das potências mais presentes na vida dos moradores nas favelas cariocas. Através dela, é possível explorar e dar visibilidade para todas as experiências vivenciadas no cotidiano favelado. É utilizando esse mecanismo artístico que Johny Alexandre Gomes, mais conhecido como Jota, de 20 anos, descobriu um talento que transformou a sua vida: pintura de quadros.

Antes de perceber tal habilidade, Jota trabalhava como ajudante de pedreiro com o seu tio. Hoje, e após incentivo diário de um amigo, o artista do Complexo do Chapadão, Zona Norte do Rio de Janeiro, inaugura a sua primeira exposição de quadros de obras com todas as telas vendidas.

“Esse amigo foi a primeira pessoa a apostar no meu talento. Não só me incentivou a pintar, como comprou meus dois primeiros quadros. Eu mesmo não acreditava muito. Mas ele achava que um dia eu ia ficar famoso”, comenta Jota.

Com uma arte que relembra os traços do cotidiano dos moradores das comunidades cariocas, a sua primeira exposição individual tem a curadoria de Pablo León de La Barra, curador para a América Latina do Museu Guggenheim. Com o título de ”Eu vim de lá”, os trabalhos seguem em cartaz até 3 de outubro no MT Atelier, na Lapa, Rio de janeiro, com todas as 25 telas vendidas previamente.

“Era o que tinha em mãos ou que o dinheiro dava para comprar. Não pintava com intenção de ganhar nada. Era hobby. Ia jogando no Instagram, e um dia um colecionador me procurou querendo comprar todas as minhas telas. Fiquei felizão”, relembra o artista.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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