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Criada por moradores da Maré, produtora de rap incentiva talentos artísticos na comunidade

Explorando o cotidiano da região, os jovens apostam no gênero Hip-Hop para expandir a realidade da favela

Foto: Sub 98 Records/Divulgação

Através do embalo das produções de batidas musicais do gênero rap e na construção de rimas, sete jovens do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, criaram a produtora “Sub 98 Records”. O objetivo foi de explorar o cotidiano da comunidade. Inspirados na cultura “underground”, como eles mesmo definem, o selo musical surgiu através do convívio entre amigos.

“Então, a ideia surgiu quando percebemos que tínhamos um sonho em comum: fazer música. Porém, como as condições estruturais eram baixas, decidimos juntar nossas forças e conhecimento de cada um para colocar o projeto em frente e torná-lo realidade na Maré”, comenta os quatro fundadores da Sub 98 Records.

Seguindo os conceitos idealizados pela palavra underground – que significa subterrâneo e é utilizado para classificar estilos que fogem dos gostos padrões -, a produtora direciona as produções na entrega de trabalhos verdadeiros, que dialoguem com a temática periférica e dos moradores que vivem à margem da sociedade. “Queremos fazer algo verdadeiro, algo que dê sentido para o nosso povo de periferia”, comentam, em resposta colaborativa, os sete membros da produtora.

Formada pelos jovens artistas Pedro Significado, de 24 anos; Jovem Jack, de 23 anos; The Dog, 23; Regis, de 23 anos e Djielly Nine, de 17 anos a gravadora também abre portas para novos talentos no Complexo da Maré e, de acordo com eles, a intenção é potencializar o mundo artístico para dentro da comunidade.

“Para nós, é muito importante dar oportunidade para novos talentos e trazer arte e cultura para dentro da comunidade. O sub vem dessa ‘pegada’ subterrânea e de fazer referência ao jeito underground de realizar a arte”, finalizam, em resposta colaborativa, os membros da produtora.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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