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Dia Mundial do Hip Hop: Confira 7 artistas de favela que conquistaram os fãs no Brasil

Movimento cultural manifestou a voz das periferias nas ruas, nas letras e até na moda
Imagem: Reprodução

Este domingo (12), é o Dia Mundial do Hip Hop, expressão musical que nasceu nos guetos dos Estados Unidos e ganhou o mundo. Com representantes muito conhecidos, como Snoop Dogg, Eminem e outros cantores que marcaram épocas, o movimento completa 50 anos em 2023.

O Hip Hop abrange um extenso conjunto cultural, englobando música (rap), arte visual (grafite) e dança (break). O rap, originado da expressão “rhythm and poetry” (ritmo e poesia), assume um papel central nesse movimento, destacando-se como seu elemento mais proeminente.

No Brasil, o movimento passou por um processo de atualização. Reunindo todo o movimento, o que era o hip-hop lá nos anos 90, hoje chamam mais de rap, sem falar na sua transformação mais recente, que é o trap. Mesmo com as mudanças de ritmos, a mensagem é repassada e o movimento arrasta fãs por todo o território. Atualmente, diversos artistas brasileiros conseguem identificação com o público, cantando emoções, problemas e realidades enfrentadas por moradores de periferias.

Confira artistas que fizeram e ainda fazem história no movimento:

Sabotage

Sabotage, nome artístico de Mauro Mateus dos Santos, marcou a cena musical com sua abordagem única e letras impactantes. Nascido em São Paulo em 1973, ele conquistou reconhecimento na década de 1990.

Foto: Reprodução

Sabotage misturava habilidades líricas afiadas com uma narrativa que explorava a dura realidade das periferias urbanas. Seu álbum de estreia, “Rap é Compromisso,” lançado em 2001, é considerado uma obra-prima do rap nacional. Infelizmente, sua carreira foi abruptamente interrompida em 2003, quando foi assassinado em circunstâncias não esclarecidas, deixando um legado significativo na música brasileira.

Djonga

Gustavo Pereira Marques, o Djonga, nasceu em 1994 em Belo Horizonte, Minas Gerais. Reconhecido por suas habilidades líricas afiadas, Djonga emergiu como uma figura proeminente no cenário do rap nacional contemporâneo.

Suas letras abordam questões sociais, raciais e políticas, oferecendo uma crítica perspicaz da realidade brasileira. Ao longo de sua carreira, lançou álbuns aclamados como “Heresia” (2017) e “Ladrão” (2019), consolidando sua posição como um dos principais expoentes do rap no Brasil.

Poze do Rodo

Mas eu me sinto abençoaaaadoooo. Nascido em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Marlon Brandon Coelho Couto da Silva, o Poze do Rodo é um ícone que arrasta multidões para os seus shows. Febre nacional, Poze virou febre nacional pelo seu talento e autenticidade.

Poze mantém sua posição como um dos principais expoentes da cena carioca, conquistando crescente reconhecimento diante de suas produções musicais. Não é à toa que o trapper acumula uma expressiva audiência, ultrapassando a marca de 4,4 milhões de ouvintes no Spotify.

Oruam

O trapper Oruam, que canta e encanta crianças e jovens é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno. Sendo da Cidade de Deus, o Complexo do Alemão e a Penha são locais onde Oruam é um grande ícone. Com a música ‘Filho do Dono’, o rapper teve número recorde de visualizações no YouTube.

Foto: Instagram / Arquivo Pessoal

No início de 2022, Oruam consolidou uma parceria significativa ao assinar contrato com a Mainstreet Records, gravadora fundada por Orochi. Sob a nova casa, o artista lançou a notável ‘Terra Prometida’, conquistando mais de 40 milhões de visualizações no YouTube. A ascensão de Oruam no cenário do trap ganha destaque, evidenciando seu impacto e reconhecimento na indústria musical brasileira.

MC Cabelinho

MC Cabelinho, cujo nome real é Victor Hugo Felipe da Silva, é cria do PPG (Pavão-Pavãozinho e Cantagalo), favelas da Zona Sul do Rio de Janeiro. Ganhou destaque no cenário musical por suas letras marcantes e estilo autêntico.

Foto: Divulgação

Cabelinho ficou conhecido por sua parceria com outros artistas renomados, como Oruam, com quem colaborou na música “Filho do Do0no”, uma das faixas mais visualizadas em sua carreira no YouTube. Sua presença vibrante e contribuições para a cena do rap no Brasil o consolidam como uma figura promissora no gênero. Recentemente, integrou o elenco da novela Vai na Fé, da TV Globo, o qual interpretou o personagem Hugo.

Tasha & Tracie

Nascidas em Jardim Peri, Tasha & Tracie, dupla de rappers formada pelas irmãs gêmeas paulistanas Tasha e Tracie Okereke, transcende a música para atuar em arte, moda, ativismo, e mais. Seu estilo único combina rap e funk, abordando temas como cultura negra, vivência periférica, e autoestima.

Foto: Divulgação

Com os EPs “Rouff” (2019) e “Diretoria” (2021), conquistaram espaço e participaram de álbuns de Ludmilla, Djonga e Gloria Groove. Além de MCs, são DJs, colunistas, diretoras de arte, estilistas, designers e palestrantes, destacando-se no movimento “it favela” e blog “Expensive $h1t”, promovendo a valorização de jovens negros da periferia.

Emicida

O renomado mestre Emicida é Leandro Roque de Oliveira. Nascido na Vila Zilda, em São Paulo em 1985 e reconhecido por suas letras reflexivas que abordam questões sociais, raciais e políticas, Emicida tornou-se uma figura proeminente no cenário do rap nacional.

Foto: Instagram / Arquivo Pessoal

Seu álbum de estreia, “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui” (2013), recebeu aclamação crítica e estabeleceu-o como um dos principais expoentes do gênero no Brasil. Além de sua carreira musical, Emicida também é conhecido por seu engajamento em causas sociais e culturais, contribuindo para a promoção da diversidade e da igualdade. Atualmente, seu albúm AmarElo, arrasta multidões para os shows do rapper.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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