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Espetáculo sobre colorismo, “Morena?”, entra em cartaz na Maré dia 29 de junho

Obra teatral da Produtora Onã Cultural, a peça tem classificação livre, entrada gratuita e vai acontecer na Lona Cultural Hebert Viana
Foto: Juliana Cardoso
Foto: Juliana Cardoso

Na última quarta-feira do mês, dia 29 de junho, o espetáculo “Morena?” estará em cartaz na Lona Cultural Herbert Viana, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. A peça teatral da Produtora Onã Cultural debate o colorismo no Brasil, abordando as vivências de incerteza racial e silenciamento de duas mulheres negras de pele clara.

O espetáculo permanece até julho, com apresentações também em Madureira, na Zona Norte, e em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Para se tornar inclusivo, o espetáculo terá a presença de um intérprete de libras. A peça tem classificação livre, com entrada gratuita, mas o público pode fazer uso da colaboração consciente. Retirada do ingresso diretamente nos locais de apresentação.

Foto: Juliana Cardoso
Espetáculo “Morena?”
Foto: Juliana Cardoso

O diretor Junior Capelloni explica que “Morena?” foi criado para ser um compartilhamento, em que seja possível ter a dimensão que feridas e curas pessoais fazem parte de um processo coletivo.  “Entendemos que é importante falar sobre ser colocado nesse não lugar e ao mesmo tempo sofrer com o racismo estrutural das mais diversas formas, bem como marcar posição em respeito a nossa identidade”, comenta o diretor.

A co-criadora Aryelle Christiane, comenta que vivemos em uma sociedade completamente desigual e, que se espelha também nas produções artísticas. “Não fica muito difícil para notarmos a quem atende as produções, os editais, as construções dentro da arte e cultura e a quem não. E, foi por isso também que nós criamos a Onã Cultural para ser caminho para artistas pretos, periféricos e para aqueles que não são atendidos pelo sistema”, diz a artista.

Com raiz em Nilópolis, na Baixada Fluminense, a produtora Onã Cultural ressalta que nasceu com a missão de abrir caminhos para projetos artísticos. A equipe é composta pela atriz e produtora Arielle Christiane, o produtor cultural e diretor Junior Capelloni e a atriz Paulla Mello. Artistas jovens, negros e periféricos que, com seus trabalhos, têm como objetivo produções culturais mais descentralizadas, democráticas e inclusivas.

Pensando em suas origens, a equipe aborda temas que os atravessam, além de tornar suas produções o mais acessível possível, em termos de linguagem, com tradução para libras e o fazer teatral, o ir ao teatro, com valores colaborativos. “A partir da nossa vontade de tornar nossos projetos mais inclusivos e democráticos, nós estudamos maneiras de fazer isso de um jeito prático”, comenta Aryelle Christiane.

O espetáculo faz parte do Programa de Fomento à Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Datas e locais

  • 29 de junho | 14h e 18h30 – Lona Cultural Herbert Viana – Maré 
  • 24 de junho | 15h e 19h – Areninha Carioca Gilberto Gil- Realengo 
  • 02 e 03 de Julho | 15h e 19h – Arena Carioca Fernando Torres – Madureira

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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