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Matagal e falta de luz dificultam acesso de moradores no Morro do Adeus

Vegetação tomar conta do espaço no Alemão e postes de energia não funcionam
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

No alto do Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, a condição de abandono gerada pelas instituições responsáveis pela limpeza urbana e da manutenção no sistema de luz local, Comlurb e Rioluz, respectivamente, colocam a saúde e a integridade física da população em risco. Já que, diariamente, os moradores transitam em um caminho de mato e sem iluminação até chegarem em casa. A vegetação, que em alguns pontos chega a dois metros de altura, toma as calçadas e os postes de energia elétrica não funcionam.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Morro do Adeus, Bruno Santana, de 30 anos, a situação de descaso com a segurança pública da região dura há 3 meses. Ele, que está à frente da instituição desde maio do ano passado, destaca os riscos que o abandono dos órgãos trouxeram para a região: aumento de mosquitos e insetos, vulnerabilidade no período da noite enquanto retornam para a residência, pouca visibilidade por causa do matagal e muito mais.

Em alguns pontos da região, a vegetação possui cerca de dois metros de altura.
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

“É um descaso muito grande e já dura há 3 meses. Por exemplo, o mato tá tão grande que uma pessoa pode se esconder ali e esperar alguém vulnerável para cometer algo de ruim. Assim, por baixo, consigo dizer que uns 30 postes não funcionam no bairro. A Associação dos Moradores já entrou em contato diversas vezes com a Comlurb e a Rioluz, ambas sabem da situação. Ontem a Comlurb cortou uma pequena parte do matagal, mas deixou pela metade. É um descaso”, aponta.

Ação dos próprios moradores

Ainda nessa perspectiva de abandono dos serviços essenciais, a comunidade tomou à frente em uma tentativa de amenizar os impactos da ausência das instituições nesta localidade. De forma improvisada, os moradores instalaram um “varal” de lâmpadas nos fios da região.

Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Na tentativa de diminuir os impactos da ausência de iluminação, comunidade instala “varal” de lâmpadas.
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

A reportagem do Voz das Comunidades entrou em contato com a Comlurb e a Rioluz, mas só obteve o retorno da companhia de limpeza urbana por enquanto. De acordo com eles, a área é aparada uma vez a cada dois meses. Porém, segundo os moradores, não é realizada há três meses. Em caso de resposta da Rioluz, a matéria será atualizada com o posicionamento da instituição.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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