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Moradores do CPX do Alemão estão sem luz desde a operação policial

Região do Areal tem dois postes caídos; segundo moradores, Light já esteve no local
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Moradores da região do Areal, dentro do Complexo do Alemão, vão passar mais uma noite às escuras. A operação policial ocorrida na última quarta-feira (23), deixou muitas famílias do CPX sem energia, principalmente na região da Praça do Areal, onde dois postes foram incendiados. Com o fogo, eles cederam e caíram para cima das casas.

Com a falta de energia, os moradores estão tendo que se virar parar manter comidas resfriadas. Lorrany Silva, embalando sua filha com dias de vida, contou que a situação está bem complicada. “A gente teve que comprar gelo pra manter. A Light veio aí, viu a situação, disseram que vão voltar amanhã. Só quero ver!”. Também sem luz, uma senhora sentada na escada em frente de casa mostrou preocupação com a situação. “Amanhã vou buscar minha insulina e não sei onde guardar. Tomo três por dia.”

(Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)

Rita Maria, de 40 anos, é dona de um mercado de refrescos que fica bem em frente aos postes caídos. Com a falta de energia, Rita conta que perdeu bastante de sua mercadoria. “O que eu tinha de sacolé, eu tive que distribuir para os moradores. Acabei perdendo tudo.”, contou a dona do estabelecimento. Ela teve um prejuízo de cerca de 500 reais.

Luciano Câmara, de 50 anos, é dono de uma marcenaria no Areal, no CPX do Alemão. A falta de energia afeta diretamente o seu trabalho. Ainda que tenha aberto o estabelecimento, ficou sem trabalhar.

Como se não bastasse isso, Luciano ainda teve ferramentas roubadas durante a operação policial. “É um prejuízo de 1.500 reais. E aí quando volto pro trabalho, não tem luz”, relata Luciano.

Contatada pelo Voz das Comunidades, a Light respondeu que substituição dos postes será realizada nesta sexta-feira (26).

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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