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No TSE, influenciadores aprendem sobre como funciona o sistema eletrônico de votação e ainda conhecem a “sala secreta” 

A ação é resultado de uma parceria firmada do Tribunal Superior Eleitoral com o projeto de educação midiática Redes Cordiais
Foto: Redes Cordiais
Foto: Redes Cordiais

Na quinta-feira (4), 30 influenciadores digitais visitaram o edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para conhecer o funcionamento do sistema eletrônico de votação. Desenvolvida pela Secretaria de Comunicação e Multimídia do Tribunal (Secom/TSE), a ação é resultado de uma parceria firmada com o projeto de educação midiática Redes Cordiais, no âmbito do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação.

No primeiro momento, todos puderam bater um papo com o ex-ministro do Tribunal Henrique Neves, que fez um breve panorama da atuação da Justiça Eleitoral, desde a criação, no ano de 1932. “A democracia é algo que a gente conquista diariamente, com o direito de falar e de ser ouvido”, comentou, ao ressaltar a importância de eleições regulares para o fortalecimento da democracia. Além disso, comentou sobre o voto impresso, utilizado no Brasil século passado, suas falhas, como demora na auditoria, fraudes, além de não ser acessível para um país com diversas realidades. Por fim, ressaltou as vantagens das urnas atuais (implementada em 1996), que são informatizadas e estão cada vezes mais acessíveis, algo que deveria ser motivo de orgulho para o país, segundo ele.

Os influenciadores ouvindo Henrique Neves
Foto: Redes Cordiais

Após isso, os influenciadores ouviram Júlio Valente, Secretário de Tecnologia da Informação, que destacou os fatos e boatos sobre o sistema eleitoral. Em sua fala, destacou que a eleição brasileira é a maior eleição informatizada do mundo, uma vez que é feita em um único dia e com um único modelo de votação. Ainda, durante sua explicação, comentou as vantagens da automatização das urnas, diferente da impressa que demorava, por exemplo, 15 dias para contar votos somente no estado de São Paulo. “O Brasil passou por uma mudança cultural incrível. O Brasil votava em nomes. Hoje já entende e vota em números. Isso faz toda a diferença.” Com teclado numérico intuitivo, com recursos de acessibilidade, mídias, segundo ele, a urna eletrônica permite que pessoas, como, por exemplo, analfabetos, PCds, indígenas, participem do exercício do voto, que é um direito constitucional. 

Foto: Redes Cordiais

Este ano, revelou ele, haverá uma inovação nas urnas informatizadas: libras. Agora, todos os aparelhos preparados para o pleito de outubro contarão com tradução na Língua Brasileira dos Sinais (Libras). Vale lembrar que a Libras é uma das línguas oficiais do Brasil.

Julio Valente em seguida respondeu a dúvidas dos influenciadores e esclareceu rumores amplamente disseminados nas mídias sociais e internet a respeito a urna eletrônica. Ele também listou os diversos mecanismos de segurança usados no equipamento, bem como ensinou todos a auditarem a eleição por meio da conferência do Boletim de Urna (BU) – relatório impresso ao final da votação com o resultado dos votos apurados na seção eleitoral –, que pode ser comparado com os dados publicados no Portal do TSE. 

Valente ainda explicou aos convidados que a urna está imune às investidas de hackers, por não possuir nenhum tipo de conexão em rede. “A única coisa que a urna tem é um cabo de energia”, detalhou.

O quarto secreto

A sala de totalização, descrita como escura e secreta por notícias falsas que buscam atacar a credibilidade do processo eleitoral, foi mais um dos locais visitados pelos influenciadores, que ficaram impactados com o que encontraram. 

“Aqui não tem ninguém somando voto. É um sistema que efetivamente funciona sozinho. O que as pessoas dessa equipe fazem no dia da eleição é cuidar do desempenho desses sistemas, do desempenho dos equipamentos, para que a totalização seja feita da forma mais tranquila possível. Essa sala nunca foi secreta, porque ela é acompanhada e aberta para os partidos políticos”, complementou o secretário de TI.

Ao final, foi apresentado a frente de todos uma urna eletrônica. Quem conduziu foi o chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE, Rodrigo Coimbra, que abriu o equipamento e explicou detalhadamente a função das peças nele utilizadas. Além de reforçar que não já fraudes nas urnas.

Foto: Redes Cordiais

Confira os conteúdos produzidos pelas influenciadoras e influenciadores que visitaram o TSE:

Agda Carvalho (@negraeestilosa); Ailton Junior (@seriededicas); Alexandre Borges (@alex_borges); Amanda Costa (@souamandacosta); Ana Girassol (@anagirassol_); Babi Cady (@babicady); Babi Marca (@babiemversos); Cazé (@cazepecini); Cedê Silva (@cedesilva); Cristian Wari’u (@cristianwariu); Edgard Abbehusen (@edgardabbehusen); Eduardo Prado (@ed.prado); Januária Alves (@janu_alves); Jackson Augusto (@afrocrente); João Pedro (@jpmota); Jonas Di Andrade (@vozdascomunidades); Maju Sanchez (@majucca); Maria Carolina (@jornaljoca); Marlos Apyus (@apyus); Mellanie Fontes-Dutra (@mellziland); Nathalia Luna (@nathalia.luna); Nathaly Dias (@blogueiradebaixarenda); Pastor Pedrão (@pastorpedrao); Preta Kiran (@pretakiran); Rennan Leta (@rennanleta); Ricardo Rigel (@treta.show); Stefan Costa (@transboylife_); Sulivã Bispo (@sulivabispo); Thais Rodrigues (@almapretajornalismo); William Reis (@williamreis85).

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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