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Promessas não cumpridas: onde está a Praça São Lucas?

Ao invés de um espaço arborizado e de recreação, o local ostenta um concreto a céu aberto

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

De um ponto de recreação a um local arborizado: existem diversos significados que exploram a palavra praça, mas nenhum deles explica a situação da Praça São Lucas, mais conhecida como Praça do Inter – em referência ao estabelecimento comercial localizado na frente. Com uma área que possui cerca de 50m², a praça que deveria servir como um lugar de descanso e lazer ostenta um concreto a céu aberto para os moradores do Complexo da Penha. 

Apontada como uma das promessas do Programa Morar Carioca, na gestão de 2010 do prefeito Eduardo Paes, a região não recebeu, em totalidade, os compromissos acordados pela prefeitura. Comparando com os anos anteriores, o local passou de uma região repleta de entulhos, areia e até algumas árvores para um espaço onde o cinza do cimento ocupa toda a estrutura. Para alguns moradores, como é o caso do barbeiro Matheus Silva, de 26 anos, a situação demonstra que a qualidade de vida dos moradores nunca esteve em foco nas pautas públicas.

“O calor aqui é insuportável e não tem nenhuma forma de amenizar isso. E ainda para ajudar tem um concreto a céu aberto que deixa tudo mais quente”, explica Matheus.

Ao redor do concreto a céu aberto é possível ver entulhos e descartes de materiais e objetos, o que aumenta o desconforto de quem passa no local pelo cheiro forte misturado com o calor excessivo. Dona Joana, de 46 anos, e proprietária de uma pequena loja de roupas na região, explica que em alguns dias moradores instalam barraquinhas de proteção contra o sol e cadeiras no lugar e aproveitam o dia ali. 

“Às vezes, o pessoal fica com seus coolers e cadeiras ali mesmo, bebendo uma cervejinha e outra. É uma forma de aproveitar o espaço né?”, destaca dona Joana. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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