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Vidas Negras Importam: manifestação contra a violência acontece em frente ao Palácio Guanabara

Foto - Matheus Guimarães

120 operações policiais e 69 mortos. Esses foram os números resultantes do monitoramento do Observatório da Segurança RJ, projeto do CESeC, durante três meses da pandemia do Covid-19 – entre 15 de março e 19 de maio. Número que continuou crescendo com sangue inocente na última semana de maio, quando o jovem Matheus Oliveira foi assassinado na Tijuca. E foi devido a essa onda de violência que houve, neste domingo (31), a manifestação “Vidas Negras Importam” aconteceu no Rio de Janeiro, em frente à residência oficial do governador Wilson Witzel, o Palácio Guanabara.

Os manifestantes começaram a chegar por volta das 14h30. A todo momento, líderes comunitários como o Raull Santiago e Jota Marques pediam para as pessoas respeitarem o distanciamento, não retirarem as máscaras e agirem de forma pacífica. O protesto seguiu com gritos contra o fascismo, a violência e o genocídio negro-periférico. Nomes de vítimas, como Marielle, Agatha e Marcos Vinícius também foram constantemente gritados. Os rappers Bk, Filipe Ret e o ator Jonathan Azevedo estiveram presentes no ato.

Foto – Matheus Guimarães

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Momento de dispersão e conflito

Por volta das 16h o grupo seguiu na Rua Paissandu em direção à Rua Marquês de Abrantes. Cerca de 15 minutos depois, o jornalista Wesley Teixeira anunciou que o ato terminaria e falou por onde as pessoas deviam se dispersar. A manifestação teve fim de forma pacífica, entretanto, o Batalhão de Choque chegou atirando bombas de gás para acelerar a dispersão, o que gerou um tumulto na região, ocasionando na detenção de um manifestante e uma policial ferida.

Wesley Teixeira / Foto – Kamila Camillo

Procurado, o Coronel Mauro Fliess disse: “estava correndo de forma pacífica, no entanto alguns mais exaltados passaram a atirar pedras no Palácio Guanabara e também nos Policiais. Um deles inclusive conseguiu entrar no Palácio e danificou uma viatura. Ela (policial ferida) teve muita sorte, pois a pedrada pegou no coque do cabelo. Mas ainda assim ficou com um galo muito grande“.

Fotos:

Foto – Kamila Camillo
Foto – Kamila Camillo
Foto – Kamila Camillo
Foto – Matheus Guimarães

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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