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No Alemão, artesão vende máscaras para sobreviver durante a pandemia

Há mais ou menos um mês, um casal de moradores da Fazendinha, comunidade do Complexo do Alemão, vem comercializando máscaras em meio a pandemia, para continuar tendo uma renda no final do mês. O artesão Sérgio Gomes de 56 anos e sua esposa, Janete Daniel, de 54, fazem parte destes milhares de trabalhadores afetados pelo momento que estamos vivendo.

Antes das medidas de isolamento social por conta do contágio da Covid-19, Sérgio trabalhava vendendo variados tipos de artesanato, como placas, lembrancinhas entre outros mimos no calçadão da orla de Copacabana, enquanto sua esposa Janete trabalhava como manicure em um salão de beleza da região.

As máscaras são revestidas com tecido de algodão e forradas por TNT, e estão sendo vendidas por R$ 5,00. Até então, o artesão ainda aguarda o auxílio emergencial passar pela análise, e quanto isso o casal de moradores busca se reinventar para que possam, literalmente, sobreviver.

“É aquele ditado, né? É na crise que se inventa. Já trabalhei muito tempo na área, produzindo acessórios, inclusive no teleférico antes de fecharem. Como não podemos mais ir até o calçadão por contas das medidas, e diversas firmas acabaram fechando, acabei ficando sem ter o que fazer. Como eu tenho máquina de costura em casa e tinha uns panos também, me juntei com a minha esposa Janete e começamos a produzir e vender. Anunciamos no Facebook, o pessoal gostou, e devagar continuamos produzindo. Seguimos na luta” , Disse Sérgio.

As máscaras são revestidas com tecido de algodão e forradas por TNT. Foto: Morador / Voz das Comunidades

O artesão ainda falou o quanto foi ajudado pelo projeto “Favela Art”, que viu uma das suas publicações e doou materiais para que ele e sua esposa pudessem continuar o seu negócio.

Encomendas podem ser feitas via aplicativo WhatsApp, através do número (21) 98192-7981.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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