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É FALSO que tradução da palavra AstraZeneca signifique “ou seja, estrelas mortas”

Com certeza, uma das preocupações mais constantes com o aumento de materiais de desinformação a respeito dos imunizantes contra o coronavírus é o desestímulo na vacinação da população brasileira contra o vírus que vitimou mais de 500 mil brasileiros. Nesta semana, mais um conteúdo FALSO circulou nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. 

Desta vez, o material compartilhado fala sobre a origem do nome de uma das vacinas mais utilizadas no combate ao coronavírus, a Astrazeneca, da Universidade de Oxford. Segundo o conteúdo FALSO, a tradução da palavra em latim significa “ou seja, estrelas mortas”, uma mensagem subliminar com o interesse em desencorajar a imunização através do imunizante. 

Em entrevista para o portal G1, Alex Marcelo, graduando em Linguística pela Unicamp e fundador do canal de Ensino da Língua Latina no Youtube, afirma que a tradução apresentada no Google Tradutor não é correta, caso que é bastante comum na plataforma. 

“A confusão é relativamente simples de explicar. Quem inseriu a mensagem no site buscou separar o nome da fabricante em três partes: “astra”, “ze” e “neca”, muito provavelmente porque sabia que “astra” e “neca” poderiam ser palavras latinas reconhecidas pela plataforma (a primeira significando “astros” e a segunda, “mata” ou “mate”, imperativo de “matar”). No conjunto, no entanto, esses três elementos não têm nenhum significado — com efeito, “ze” não é nem mesmo uma palavra latina”, detalha.

Além disso, em 2019, a AstraZeneca divulgou, em sua conta oficial do Twitter, o significado do seu nome.  

“Astra AB foi fundada em 1913 em Södertälje, Suécia. ‘Astra’ tem suas raízes no grego astron, que significa’ uma estrela’. A Zeneca foi formada em junho de 1993 pela cisão dos negócios farmacêuticos e agroquímicos da Imperial Chemical Industries (ICI) em uma empresa separada. “Zeneca” é um nome inventado, criado por uma agência instruída a encontrar um nome que começasse com uma letra da parte superior ou inferior do alfabeto e fosse foneticamente memorável, não tivesse mais de três sílabas e não tivesse um significado ofensivo em qualquer língua.”

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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