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Estudo com 60 mil pessoas na Espanha NÃO mostra ineficácia das quarentenas

Circula nas redes sociais um texto sobre um estudo feito na Espanha com mais de 60 mil pessoas durante a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. De acordo com a publicação, a pesquisa teria mostrado a ineficácia de quarentenas ou de medidas de isolamento social. O levantamento teria concluído que trabalhadores ativos têm menor incidência de contágio. A informação é falsa.

O estudo citado no texto, chamado ENE-Covid19, é uma iniciativa de grande escala que prevê várias etapas. A pesquisa está sendo realizada na Espanha em uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto de Saúde Carlos III e as secretarias de saúde de todas as comunidades e cidades autônomas do país. O objetivo é medir o ritmo de avanço do coronavírus pelo território, a partir da análise do percentual da população que apresenta anticorpos contra o vírus. Não faz parte da análise avaliar a eficácia do isolamento social. Não há nenhum dado relacionado a isso e nenhuma uma conclusão sobre esse tema no primeiro relatório preliminar, divulgado em 13 de maio.

Imagem com a informação falsa

As análises vão continuar ao longo do tempo, para acompanhar a disseminação da doença. Os resultados da primeira etapa mostraram que aproximadamente 5% da população da Espanha desenvolveu anticorpos contra a Covid-19. Participaram do levantamento 60.897 pessoas com testes válidos para detectar a imunização contra o coronavírus. O estudo detalha esses porcentuais de acordo com gênero, idade, nacionalidade, presença de doenças crônicas, categoria de trabalho e região.

O estudo não tem uma categoria específica para comparar o nível de contágio entre os diferentes tipos de ocupação, mas não especifica porcentuais para os que realizam atividade em casa ou para aqueles que saem todos os dias. Portanto, não teria como saber se trabalhadores ativos têm uma taxa de contágio maior ou menor.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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