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NÃO houve fraude eleitoral no sistema da urna eletrônica no Brasil

A proximidade das eleições presidenciais de 2022 trouxe o aumento no número de conteúdos a respeito do sistema de votação brasileiro, com especialistas em computação e políticos comentando sobre a competência das urnas eletrônicas nas disputas para presidente do Brasil.

Recentemente e após o posicionamento de Jair Messias Bolsonaro (sem partido), tem circulado nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens instantâneas o material informando a fraude nas eleições de 2014. Na época, a disputa eleitoral estava entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). 

O conteúdo é FALSO. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde a adoção do sistema da urna eletrônica, em 1996, não houve nenhuma suspeita de fraude nos períodos eleitorais. Ainda segundo a instituição, em 2014, o próprio partido de Aécio Neves realizou uma auditoria no sistema de votação e constatou a legitimidade do mesmo. 

Em nota, TSE declarou que colocar em dúvida o sistema eleitoral brasileiro pode ser avaliado como crime de responsabilidade. 

“Tendo em vista as declarações do Presidente da República na data de hoje, 9 de julho de 2021, lamentáveis quanto à forma e ao conteúdo, o Tribunal Superior Eleitoral esclarece que:

1. Desde a implantação das urnas eletrônicas em 1996, jamais se documentou qualquer episódio de fraude. Nesse sistema, foram eleitos os Presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. Como se constata singelamente, o sistema não só é íntegro como permitiu a alternância no poder.

2. Especificamente, em relação às Eleições de 2014, o PSDB, partido que disputou o segundo turno das eleições presidenciais, realizou auditoria no sistema de votação e reconheceu a legitimidade dos resultados.

3. A presidência do TSE é exercida por Ministros do Supremo Tribunal Federal. De 2014 para cá, o cargo foi ocupado pelos Ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. Todos participaram da organização de eleições. A acusação leviana de fraude no processo eleitoral é ofensiva a todos.

4. O Corregedor-Geral Eleitoral já oficiou ao Presidente da República para que apresente as supostas provas de fraude que teriam ocorrido nas eleições de 2018. Não houve resposta.

5. A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade”

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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