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Surto de H1N1 no Brasil, em 2009, NÃO matou mais que o do novo coronavírus

Várias mensagens têm circulado nas redes sociais com a afirmação de que o surto de H1N1 no Brasil, em 2009, matou muito mais gente que o novo coronavírus neste mesmo período. Uma publicação mostra, inclusive, uma estatística que contrapõe duas mortes agora a mais de 2 mil na época. Esta informação é falsa.

Uma das mensagens diz que “Os dados não mentem. Entenda como a mídia esquerdista manipula a sua vida”. O texto continua comparando os números das duas doenças. A comparação aponta que o surto de gripe suína, como a enfermidade ficou conhecida, deixou 58.178 infectados, com 2.101 mortos. Quando se refere à situação atual, o quadro usa o número de registros contabilizados até o dia 18 de março no Brasil – 394 infectados e duas mortes (na verdade, os óbitos neste dia já chegavam a 4).

O fato é que os períodos de tempo não são comparáveis. O primeiro dado é bem próximo ao número total de casos de H1N1 registrados no país em 2009 e 2010 juntos: 59.867. O número de mortes (2.173), também. Ou seja, quase dois anos de doença (já que o primeiro caso de H1N1 foi registrado em maio).

Além disso, é muito complicado comparar as taxas de letalidade, porque a do coronavírus ainda está mudando (ainda assim, ela varia entre 2% e 3%, e está relacionada a fatores de risco). Já a do H1N1 é, em média, de 0,02%.

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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