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Bailarino da Penha cria vaquinha para disputar torneio nos Estados Unidos; saiba como ajudar

Dançarino desde os 11 anos de idade, Lucas Monteiro sonha com a possibilidade de disputar o torneio Youth America Grand Prix, na Flórida
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

Entre saltos e ensaios coreográficos, Lucas Monteiro, de 19 anos, demonstra o porquê das favelas cariocas revelarem tantos talentos artísticos nos últimos anos. Morador do Guaporé, no Complexo da Penha, o jovem é um dos bailarinos que passaram para a fase final do Youth America Grand Prix, na Flórida, nos Estados Unidos , uma das duas maiores competições de ballet no mundo.

Estudante da iniciativa social Studio Gouveia Coach, no centro da cidade, ele sai da Zona Norte no início da manhã, às 6h, para treinar de segunda a sábado, das 8h às 20h, em busca do seu sonho. Para ele, que se apaixonou pela dança ainda criança quando assistia a irmã mais velha nas apresentações, o ballet é uma forma de expressar suas ambições e emoções.

Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Lucas Monteiro, de 19 anos, passou para as fases finais do torneio Youth America Grand Prix
. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

“A dança é tudo pra mim. Enquanto danço, consigo esquecer de todos os problemas e focar apenas nos movimentos do ballet. Então, você imagina quando recebi a notícia que estou na fase final de um dos maiores torneios de ballet? Eu quero muito ir lá, competir e conhecer outros dançarinos, mas ainda preciso de ajuda financeira para isso”, comenta.

Como boa parte dos projetos sociais que auxiliam na transformação social dentro das comunidades cariocas, a busca por parceiros, doadores e patrocinadores, que possibilitam a continuidade das atividades, é essencial. Visando a compra das passagens, hospedagem e alimentação de Lucas, a professora Renata Gouveia, de 46 anos, criou o financiamento coletivo para o artista. Até o momento, a “vaquinha”, que possui meta de 25 mil reais, arrecadou 7 mil.

O Lucas possui um talento natural para a dança e, junto com isso, ele também é um menino muito esforçado. Ele é sempre um dos primeiros a chegar aqui e não falta nunca. Tenho muito orgulho de acompanhar este processo, desde 2016, de ajudar com tudo que posso”, fala Renata.

Nesse meio tempo de dança, Lucas enfrentou as adversidades que os moradores das favelas enfrentam. O jovem morava com a mãe em uma zona considerada de conflito, que temia o pior pelo filho em cada ida e saída de casa. Em razão desse fator, a responsável infartou há quatro meses, quando percebeu um movimento intenso na comunidade.

Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
O Studio Gouveia Coach incentiva os jovens a partir da dança.
Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

“Essa campeonato é uma chance de colocar ele na vitrine, de conseguir um futuro mais confortável para ele, entende? Infelizmente, o ballet não é muito valorizado aqui no Brasil, o que faz os dançarinos procurarem alternativas para viver do que amam. A viagem dele é no próximo mês e ainda não conseguimos comprar as passagens”, revela.

As apresentações do bailarino da Penha Lucas Monteiro estão marcadas para os dias 15, 17, 18 e 19 de abril, nos Estados Unidos. Para ajudá-lo a alcançar seus objetivos, basta acessar a plataforma do financiamento coletivo através desse link (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/viajem-yagp). A colaboração já conta com 45 doadores.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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