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Coletivo Papo Reto completa sete anos de atuação no Alemão

O grupo atua em pautas de comunicação, saúde, política sobre drogas, segurança pública e educação há sete anos

Foto: Papo Reto/Divulgação

Cada vez mais, a presença dos movimentos sociais e organizações de apoio fortalecem as demandas das comunidades do Rio de Janeiro, auxiliando na construção de uma rede potente que evidencia a voz dentro das favelas cariocas. É nesse aspecto de mudanças que, em 2014 e com os eventos climáticos que causaram desastres nos territórios do Complexo do Alemão, o coletivo Papo Reto surgiu.

Dividido em três equipes — com a principal possuindo seis membros, a secundária com 25 voluntários e voluntárias e mais uma equipe técnica de três —, o grupo atua em pautas de comunicação, saúde, política sobre drogas, segurança pública e educação há sete anos.

“Nossa principal linha de atuação tem pauta na comunicação, saúde, política sobre drogas e segurança pública, mas atualmente estamos nos preparando bastante para trazer mais a pauta da educação como um propósito da equipe. Formação política, formação em direitos. Mas claro, sem perder nossa essência que é pautar os direitos humanos e segurança pública”, destaca em resposta colaborativa os membros do Papo Reto.

As iniciativas realizadas pelo coletivo são variadas de acordo com as demandas dentro das comunidades. Por possuir uma rede de contato e conexão direta com os moradores, através de um grupo de WhatsApp, o coletivo consegue monitorar o que acontece na favela e organizar ações diretas e concretas a partir do que é compartilhado pelos moradores. Além deste mecanismo, o Papo Reto possui uma rede ativa na área dos direitos humanos, com contatos em diversas esferas dentro do país e fora dele.

Coletivo Papo Reto realiza ações e projetos dentro do Complexo do Alemão.
Foto: Bento Fábio/Divulgação

“Anualmente realizações ações durante a volta às aulas na favela, dia das crianças e ações de rua no fim de ano através do #NataldeRua. Além disso, temos uma rede de conexão direta com moradores e moradoras através dos grupos de WhatsApp, onde monitoramos o que está acontecendo na favela e a partir disso pensamos ações diretas a partir de demandas vindas dessas pessoas. Temos uma rede ativa na área dos direitos humanos, com pessoas de diversos setores do Brasil e de fora, que nos ajudam a monitorar e encaminhar denúncias de abuso de autoridade do estado dentro da favela. Realizamos oficinas, pré-vestibular, produção cultural e audiovisual, além de campanhas diversas. Desde o início da pandemia temos composto frentes humanitárias de ações de combate à fome, a sede e a desinformação sobre o coronavírus”, explica em resposta colaborativa dos membros.

É dentro dessas ligações internacionais que o sistema de monitoramento do Papo Reto elaborou suas funções. “Os projetos antigos do Complexo do Alemão foram referência em algumas vertentes, como o Educap e o Raízes em Movimentos. Mas nossas tecnologias de monitoramento de violência e estratégias de tentar garantir direitos dentro de um território de desigualdade e tantos conflitos armados se evoluíram a partir das conexões com a instituição americana Witness, uma das grandes parcerias internacionais do Papo Reto. Hoje trabalhamos em parceria com ativistas do BLM em alguns estados americanos, ONGs de Medellín e Bogotá na Colômbia, além de uma forte parceria com o Mathare Social Justice em Nairóbi, Kenia. Nossa inspiração vem desses grupos que temos nos conectado, nos próprios moradores e moradoras do Alemão e na juventude atuante hoje em dia, como o Voz das Comunidades, o balé na ponta dos Pés e Vidançar, GatoMidia, MEAA, entre outros. Nosso acreditar vem de dentro da própria favela, o Complexo do Alemão é o nosso impulso” expõem em resposta colaborativa dos membros.

Para compreender mais sobre o papel de atuação do coletivo Papo Reto e auxiliar nas ações, acompanhe o trabalho através das redes sociais do grupo (Twitter, Facebook, Instagram e site).

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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