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Capão sofre com abandono do poder publico no Complexo do Alemão

Um dos lugares mais precários existentes no Complexo do Alemão: CAPÃO

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Quem olha de cima do teleférico, não tem noção da situação que moradores vivem ali embaixo… FOTO: Richard Luiz

Encontramos Dona Vera Lúcia dos Santos, 35 anos, que mora lá com seus 6 filhos e o marido que se encontra doente. Ao primeiro olhar, já se pode ver esgoto correndo a céu aberto, muito lixo espalhado e muitos ratos. Sem nenhum local para lazer, encontramos crianças jogando bola em becos e algumas brincando com a terra suja no chão.

20130825-115948.jpg Dona Vera, mora em uma área que corre o risco de desabamento. Ela nos contou que sua mãe, também moradora do Capão, estava doente e depois de entrar em contato com ratos, piorou e veio a falecer. Um pouco depois, nos mostrou um saco com os ratos que havia tirado de dentro de sua casa. Entramos e nos deparamos com uma das paredes que está sendo comida pelos roedores que vem do lixo e esgoto.

Aqui não vem nenhum político. Não temos ajuda de governo, de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), nem de ninguém! Vai tudo desabar, todo mundo morrer e vai continuar igual — afirma Dona Vera, revoltada com a situação.

Entrevistamos também Keyla Andrezza Marques da Silva, 19 anos, que mora no Capão com seus dois filhos. Um deles, Karlos Eduardo, 2 anos, foi diagnosticado com virose. – Levei ele no médico e não souberam dizer a causa da virose, já que o único lugar que meu filho tem pra brincar é cheio de lixo —disse Andrezza.

Os moradores nos informaram que já recorreram a Associação de Moradores e foi dito que nada podem fazer, pois o terreno que está desabando pertence à prefeitura.

Vamos compartilhar para que esse caso chegue até as autoridades.

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Moradora demonstra felicidade na foto, mas vive numa situação muito complicada com descaso do poder público. FOTO: Richard Luiz
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Moradora mostra saco de ratos que recolheu de dentro de casa. FOTO: Richard Luiz
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Abandonado pelo poder público, a comunidade do Capão não tem nem praça para as crianças se divertirem. FOTO: Richard Luiz

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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