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Salários atrasados: CAPS que atende Complexo do Alemão sofre com a crise

Foto: Renato Moura/Voz Das Comunidades
Foto: Renato Moura/Voz Das Comunidades

Atendimento para cerca de um milhão de pessoas em áreas de conflito pode ser prejudicado

Os funcionários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) álcool e outras drogas Miriam Makeba, que atende áreas como o Complexo do Alemão, Penha e Maré, estão há quase um mês com o salário atrasado. Segundo uma carta divulgada na página do facebook “Nenhum serviço de saúde a menos”, o motivo do não recebimento do salário referente ao mês de julho seria a falta de repasse da prefeitura para a Organização Social (OS) que administra a unidade, a Viva Rio.

Na carta, assinada pela equipe de enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais, eles afirmam terem sido informados do atraso do pagamento em reunião com integrantes da Viva Rio no fim do mês de julho, dia 31. A informação era de que o pagamento seria feito no dia 11 de agosto, depois prorrogado para o dia 21 e por fim, eles receberiam o salário no dia 22, última segunda-feira. O que não aconteceu.

Segundo a Viva Rio, a nova previsão dada pela secretaria municipal de saúde é que o pagamento de julho saia no dia 15 de setembro. E essa não foi a primeira vez no ano que isso aconteceu. Um funcionário que não quis se identificar afirmou que em outras três vezes só esse ano o salário também atrasou, com a mesma justificativa. O CAPS Miriam Makeba é o único que atende pacientes com problemas de uso abusivo de álcool e outras drogas, em uma área com cerca de um milhão de pessoas: Complexo do Alemão, Penha, Maré, Manguinhos, Ramos, Bonsucesso, Olaria, Brás de Pina, Jardim América, Ilha do Governador, Vigário Geral, Cidade Alta, Parada de Lucas e Penha Circular).

Ainda segundo e-mail da assessoria de imprensa da Viva Rio, a instituição não pagou, além do salário, o vale transporte referente ao mês de julho. “Infelizmente, só foi possível, com grande esforço, pagar o benefício de alimentação dos funcionários. Estamos em contato com a secretaria municipal de saúde e pagaremos salários e benefícios assim que os repasses forem regularizados”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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