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Corpo de dançarino do ‘passinho’ será enterrado nesta quinta no Rio

O corpo do dançarino Gualter Damasceno Rocha, de 22 anos, conhecido como Gambá, será enterrado às 15h desta quinta-feira (12), no Cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador, no Rio. O dançarino era especialista do estilo “passinho”, uma das vertentes do funk carioca.

Gualter sumiu após a noite de réveillon, quando foi visto pela última vez num baile funk na Favela da Mandela, em Manguinhos, no subúrbio. Ele foi reconhecido por fotos e teria hematomas na face. O corpo chegou a ser enterradado como indigente no dia 6, mas foi exumado após uma ordem judicial.

Segundo o Instituto Médico Legal, não havia indícios de tiro no corpo do dançarino. Ainda de acordo com o IML, a causa da morte ainda não foi confirmada.

‘Ele nunca arrumou problemas’, diz irmão
“No IML, disseram que o processo sobre a morte do meu irmão já estava em outro departamento, que só abre de segunda a sexta-feira”, contou o irmão de Gualter. “No único documento que vi, diz que o corpo veio de um hospital localizado em Bonsucesso”, acrescentou. “A gente não sabe nem o que fazer. Minha mãe mora em Minas Gerais, e está vindo para o Rio. Queremos saber o motivo da morte e porque o corpo foi enterrado como indigente”, afirmou o irmão de Gualter.

Segundo ele, há boatos sobre a morte do irmão. “Tinha uma mensagem no Facebook dizendo que a ambulância pegou ele dentro da Mandela. Mas eu acho difícil ambulância entrar em baile de favela”, contou. “Outro boato que está rolando é que ele poderia ter se envolvido com alguma mulher de bandido, mas esse fato não foi confirmado”, acrescentou.

Segundo o irmão de Gualter, com o sucesso como dançarino de “passinho”, o jovem teve reconhecimento nos bailes, e não tinha nenhum desafeto. “O Gualter sempre foi de frequentar bailes, ficar até as 9h e vir pra casa. Nunca teve problemas, nunca brigou. Depois que apareceu na mídia, ficou conhecido. Ele era querido”, concluiu o irmão.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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