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Tem vaga #Opinião

No coração de cada favela, as veias abertas criam um cenário movimentado de pessoas, mototáxis e vans são o acesso disponibilizados em grande parte delas. De fato, exercem uma função de suma importância pois eles atuam nos meios locomoção para os lugares mais íngremes e de difícil acesso. Esses transportes alternativos nasceram inevitavelmente, isto porque surgiram com às necessidades da população e desse modo estão nas cadeias de serviços essenciais de uma favela.

A partir disso, se faz necessário também mencionar o abandono do poder público em atender a demanda dos usuários dos coletivos fazendo que afetem em geral, a mobilidade urbana dessas regiões. Em consonância a esse fator, os transportes alternativos assumem esse papel crucial de locomoção.

Substancialmente o grande impasse está na regularização desses modais de modo que, o poder público além de não ofertar demanda, criou uma série de burocracias para viabilização das empresas locais que atendem os moradores. Portanto comumente, vemos o impedimento dessas cooperativas alternativas no noticiário ou a redução de seus trajetos, diminuindo assim a possibilidade de acesso à determinadas áreas da cidade. Outra característica que chama a atenção, é a forma violenta com que diversas obras surgiram pela cidade. Projetos megalomaníacos bem como elevadores, teleféricos ou surgimento de novos modais como o BRT ou VLT. De fato vale ressaltar a iniciativa de alternativas para a resolução dos problema de mobilidade urbana entretanto existem diversas estratégias muito mais pertinentes no que tange a melhoria e funcionalidade dos transportes e modais já existentes.

No caso especifico da cidade do Rio de Janeiro, onde é de conhecimento geral que os modais bem como metrô, trem e ônibus não conseguem atender aos usuários e nesse caso as alternativas de motos e vans completam essa demanda de forma criativa o qual também configuram uma estratégia de “contornamento territorial”. Conclui-se, por fim, que seu monitoramento e a diversidade de locomoção bem como a integração dos modais são fatores importantes para a otimização da rede de serviços urbanos, planos de mobilidade e garantia de vida urbana.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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