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Um salto do Alemão para a Europa: Bailarino Luis Fernando é destaque nos espetáculos de balé

Dançarino de apenas 20 anos é um dos novos integrantes da companhia Tivoli Ballet Skole da Dinamarca

Foto: Alinne Volpato / Divulgação Bolshoi

“A cada espetáculo, um novo renascer”, assim define o dançarino Luis Fernando, de 20 anos, enquanto descreve as sensações que o seu corpo desperta a cada apresentação de balé. Cria do Complexo do Alemão, bairro Nova Brasília, o bailarino encontrou a paixão pela dança através da “missão” de levar a sua irmã mais nova às aulas do projeto social ViDançar, que acontece na comunidade. E, agora, após sete anos dos seus primeiros movimentos corporais artísticos, o jovem é um dos novos integrantes do Tivoli Ballet Skole, na Dinamarca.

Entre uma visita e outra, Luis observava de longe os movimentos elaborados durante as aulas. Aos poucos, os olhares atenciosos e curiosos conquistaram o interesse da professora, que propôs um convite para que ele também estudasse e praticasse ao lado da irmã. O jovem aceitou, mas, com receio de sofrer preconceito, compartilhou com os amigos e familiares que as aulas seriam para melhorar a sua performance no Surf (esporte que praticava na época).

“Naquela época, há uns sete anos, eu assistia todas as aulas da minha irmã e prestava atenção em todos os movimentos e expressões corporais. Até que um dia a Hellen, dançarina que ministrava as aulas, notou o meu interesse pelo Balé e me fez o convite. Eu aceitei, claro! Porém, com medo de ser vítima de preconceito por ser homem. Disse para a minha mãe que as aulas eram só para melhorar meu equilíbrio na prancha de Surf. Não demorou muito tempo para revelar a verdade para ela. Ela aceitou demais e, graças ao apoio dela, que hoje estou aqui”, explica.

O talento no balé levou o jovem a estudar em uma das maiores companhias de dança no mundo.
Foto: Reprodução/Instagram

Com medo, mas disposto a encarar todas as barreiras preconceituosas que envolvem gênero, raça e localidade, o talento de Luis chamou a atenção dos professores do Bolshoi Brasil, referência em dança no mundo, em 2016. Tal momento marcou a primeira mudança na vida do bailarino, que saiu do Rio de Janeiro e foi estudar em Santa Catarina, em Joinville.

“Foi um momento de adaptação bem difícil. Eu sou uma pessoa muito apegada aos meus familiares e tive um período que passei dois anos sem ver a minha família ou visitar o Rio de Janeiro. Para mim, o Complexo do Alemão é um ponto revigorante na minha vida. É como se o Alemão me abraçasse sempre que preciso de incentivo para seguir em frente ou encarar algum desafio”, destaca.

O corpo negro e o balé

É dentro desses desafios que o bailarino encontrou suas maiores dificuldades. Tradicionalmente, o balé é visto como cultura branca e feminina, com o acréscimo de homens brancos com o passar do tempo. Essa barreira preconceituosa barrou corpos afrodescendentes nesta modalidade de dança, não produzindo sapatilhas, roupas ou introduzindo dançarinos negros nos papéis de algum espetáculo.

“Eu fico muito feliz quando recebo alguma mensagem de uma pessoa negra que diz que inspiro ela, porque dentro do balé esse padrão não é o padrão aceito pela sociedade. E você percebe isso nos detalhes. Por exemplo, nos espetáculos, o negro não pode ser o príncipe. O negro tem que representar uma dança mais forte ao invés de uma delicada. Aí você entende porque não era produzido tons de sapatilha com a cor da nossa pele. Tínhamos que pintar. Eu sou o único preto da companhia, mas quero mostrar que os bailarinos negros também podem ter o papel principal na apresentação. Eu quero trazer esperança através da representatividade”, ressalta.

Luis relata que enfrentou barreiras preconceituosas por ser homem e negro.
Foto: Reprodução/Instagram

Além desses desafios estruturais, o bailarino relata que também encarou o racismo biológico de “especialistas” no cenário da dança. De acordo com ele, Hellen — que o convidou para ingressar no mundo do balé — já escutou em uma audição de processo seletivo que ele não conseguiria se tornar um bailarino devido a sua origem favelada e seu biótipo.

“No meio disso tudo, descobri que, em uma audição no Rio de Janeiro, a pessoa disse que eu nunca seria bailarino porque sou favelado e o meu pé é ruim. Um pé ruim é pé não alongado, que na teoria racista são os pés pretos que possuem muito músculo e não conseguiriam realizar os movimentos delicados do balé”, finaliza.

Embalado com os próximos passos, Luis detalha mais sobre sua relação com o Complexo do Alemão: a cada apresentação nos palcos dos espetáculos, eu me imagino no Complexo do Alemão e me apresentando para todo o morro.

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